O candidato a prefeito em Cuiabá pelo PSB, empresário Mauro Mendes, não teme na reta final da campanha "ataquezinhos e fofoquinhas" dos seus concorrentes e apoiadores acostumados a "fazer política com maldade e sacanagem".
Ele ainda minimiza a força das máquinas estadual com o apoio do governador Silva Barbosa (PMDB) e da presidenta Dilma Rousseff ao candidato Lúdio Cabral (PT). As avaliações foram feitas à reportagem do
Olhar Direto, em entrevista exclusiva.
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"O eleitor cuiabano vai saber repudiar isso. Ele não está interessado em ouvir ataquezinhos, fofoquinhas. E principalmente mentirinhas ou mentironas inventadas por aqueles que só sabem fazer política com maldade e sacanagem", rebateu sobre possibilidade de ataques na reta final da disputa.
"Lamentavelmente Cuiabá é uma cidade, ou Mato Grosso, onde os maus políticos, os velhos políticos têm o lado mesquinho da política. Dos ataques, das baixarias, das mentiras. Existe muito boato por aí
O candidato do PSB alertou que quem fizer ataques na atual fase da campanha "vai dar um tiro no pé e vai ser rechaçado pelos eleitores".
Um dos embates com palavras de ataques, como covardia, e enfrentamento jurídico em agosto e setembro foi entre o candidato Lúdio Cabral (PT) e Mauro Mendes. É que a assessoria jurídica do candidato do PSB ajuizou ação para impugnar o registro de candidatura do vice do petista, advogado Francisco Faiad (PMDB). Seu registro, após muita polêmica e embates públicos entre os dois candidatos e aliados, foi liberado pelo TRE-MT nesta semana.
No final do mês passado, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), chamou de "arrogante" a campanha de Mauro Mendes. Ele veio a Mato Grosso há 15 dias para fazer campanha para Carlos Brito (PSD) e outros candidatos da sigla no interior.
Máquina pública
O candidato do PSB em Cuiabá acredita na melhor informação do eleitorado para rebater a força da máquina pública do apoio do governador e da presidente a Lúdio Cabral.
"Máquina é sempre máquina, mas eu tenho certeza que o eleitor está cada vez mais está consciente. Cada vez mais eles sabem discernir quem realmente está preparado para administrar Cuiabá e quem realmente tem conidções de enfretnar os enormes desafios e problemas que tem se acumulado em Cuiabá nos ultimos anos", relevou.
O empresário também tem contra si uma parte do peso da máquina municipal do prefeito Chico Galindo (PTB), que discretamente apoia o concorrente do PSDB, deputado licenciado e médico Guilherme Maluf. Embora, alguns candidatos a vereador do PTB tenham optado pelo apoio a Mauro Mendes.
Estocadas de adversários
Líder em todas as pesquisas de intenção de voto, com estagnação e queda nas mais recentes, Mauro Mendes tem sido alvo de manobras eleitorais para lhe tirar apoio do eleitorado.
Há duas semanas, o ex-secretário de Estado Eder Moraes afirmou que ele é incoerente, ao ter criticado o ex-governador e senador licenciado Blairo Maggi (PR) e agora tê-lo em palanque no que ficou conhecido na imprensa de "Escândalo dos Maquinários", ou desvio de recursos do governo para compra de máquinas e equipamentos para prefeituras em 2010.
Mauro rebateu e afirmou que ele tem resistência de petistas por falhas na administração de Maggi. No final de agosto, Eder se transformou em garoto propaganda de Lúdio Cabral.
Uma dos primeiros ataques surgiu bem antes das convenções, em junho, quando o candidato Guilherme Maluf (PSDB) carimbou a candidatura de Mauro de "trampolim", numa alusão de que ele, se eleito, abandonaria a gestão em Cuiabá para se promover como candidato a governo em 2014. O empresário passou boa parte de julho na afirmação de que é candidato a quatro anos na Prefeitura.
Outros adversários, também seguiram o tom. No último dia da convenção, a estratégia de "trampolim" foi desferida pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, pelo candidato a prefeito Carlos Brito e pelo então vice-governador Chico Daltro, todos do PSD.
Já em julho, a campanha de Mauro Mendes foi identificada com uma suposta briga dele com seu candidato a vice-prefeito, João Malheiros (PR). Mauro negou a cutucada de bastidores dos adversários.
A candidatura de Mauro também sempre foi tachada pelos adversários como de poderio econômico em contraponto à pobreza da população, dado ao apoio de empresários, seu próprio patrimônio, o maior entre candidatos a prefeito em capitais, e dos apoiadores, como do senador licenciado Blairo Maggi (PR), o de maior patrimônio no Senado e o segundo neste quesito no Congresso Nacional.
