Na reta final da campanha eleitoral, o candidato a prefeito Lúdio Cabral (PT) pediu aos adversários foco nas propostas e uma “campanha limpa”. O apelo foi feito em suas considerações finais durante debate realizado na noite de ontem na Universidade de Cuiabá (Unic). Por ordem de sorteio, a fala de Carlos Brito (PSD) foi feita após a de Lúdio, e a despeito do apelo do petista, Brito voltou a ‘martelar’ os temas aborto e as drogas.
Candidatos debatem com temas e perguntas entre si e da plateia de estudantes
Brito não precisou nem fazer menção ao petista para dar seu recado, afinal já o fez o suficiente em seu horário eleitoral. Durante seu discurso, Brito apenas “reforçou” sua defesa pela vida e reafirmou que é contra a legalização do aborto e a descriminalização das drogas. O discurso de Brito encerrou o debate.
Esta tem sido a tática do peessedista para tratar do tema. Como já fez em seu horário eleitoral a ligação entre Lúdio e os temas, tendo como base da argumentação um documento da juventude do PT que defende o debate, agora Brito apenas fala que é contra a legalização do aborto e das drogas, sugerindo que tem gente a favor, fazendo o interlocutor lembrar logo de Lúdio.
O petista por sua vez já se posicionou contra a descriminalização do aborto e das drogas. Para tentar por uma pedra no assunto, veiculou em seu programa de televisão um depoimento de sua esposa, Ana Regina, no qual ela revela que descobriu que estava grávida de Cabral no começo do relacionamento e que ele se mostrou empolgado desde o começo e fez nela os exames pré-natal. Ela ainda relembra alguns projetos de lei do vereador voltados para as gestantes. Em resumo, a mensagem é de defesa da vida.
Além de pedir uma eleição limpa nos argumentos, Lúdio também pediu uma cidade limpa durante a eleição, lembrando que é autor de um projeto de lei que proíbe placas de candidatos espalhadas pela cidade.
Em suas considerações finais, Mauro Mendes (PSB) afirmou que Cuiabá é uma cidade com enormes desafios, que podem ser resolvidos com uma gestão “séria, focada e competente”. E finalizou pedindo voto. “Quero uma chance de administrar Cuiabá”, falou aos estudantes.
Já Guilherme Maluf (PSDB) declarou que não tem apoio de nenhum grupo político ou econômico, o que, segundo ele, garante uma autonomia para a composição de um staff feito com critérios técnicos.
Adolfo Grassi (PPL) declarou que o seu partido é a única real alternativa para a população de Cuiabá. “Defendemos a classe trabalhadora”, declarou. O sindicalista disse ainda que a base de sustentação de sua candidatura são os movimentos sociais, estudantil e sindical. O Procurador Mauro do Psol não participou do debate.
