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Sábado, 27 de abril de 2024

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batalha final

Mauro Mendes cola caos da saúde de Silval e mensalão em Lúdio Cabral

Foto: Olhar Direto

Mauro Mendes cola caos da saúde de Silval e mensalão em Lúdio Cabral
O programa de TV do candidato a prefeito em Cuiabá Mauro Mendes (PSB) colou no concorrente Lúdio Cabral (PT) o caos da saúde enfrentado pelo governo Silval Barbosa (PMDB) por falta de investimentos no setor. A estratégia, com tom agressivo também sobre escândalos de corrupção, marca o acirramento dos dois lados e a polarização a menos de 10 dias da eleição. Silval é aliado de Lúdio.


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É o que foi visto nesta sexta-feira no programa eleitoral diurno, quando pipocaram manchetes dos jornais de Cuiabá sobre atraso de pagamento de hospitais. Mas a coordenação da campanha de Mauro ainda dosou os ataques, ao apresentar à noite um programa mais emotivo, voltado para “as mulheres cuiabanas”, quando foram mostrados depoimentos da mulher, Virgínia Mendes, e reapresentado cena de disputa passada da mãe do candidato, já falecida.

“A saúde em Cuiabá está sendo sucateada pelos parceiros do candidato do PT. Ao denunciarmos isso, temos sofrido todo tipo de ataque por parte de nossos adversários”, aumentou o tom a apresentadora do programa de forma assustada e firme, com imagem de fundo onde se lia em letras grandes “Caos na saúde em Cuiabá”.

Outra jornalista da campanha, narrou, em frente à sede do governo, o Palácio Paiaguás, “as Organizações Sociais de Saúde foram contratadas pelo governo para administrar unidades hospitalares, mas os problemas no atendimento e os altos repasses financeiros resultaram no pedido de suspensão dos contratos pelo Ministério Público Federal”.

O que se viu depois foi uma série de cópias de manchetes de jornais, imagens, inclusive de Lúdio, e sua ligação com o governo Silval e o ex-secretário Eder Moraes, que é acusado de irregularidades na administração estadual.

As cenas realçam em letra vermelha e fundo amarelo, cores do PSB de Mauro, como a manchete do jornal Folha do Estado da semana passada: “MT perde 589 leitos do SUS”, ou da mesma cobertura do jornal A Gazeta, com “MT Saúde deixa 50 mil sem atendimento”, com foto da presidente Dilma Rousseff (PT) e Silval. Ou ainda, outra manchete da Folha, onde se lê que “Governo tem 72 horas para explicar atraso de repasse na Saúde”.

A sequência de imagens são encadeadas com a mensagem. “Esse modelo de administração foi trazido para o Estado por pessoas envolvidas na máfia dos sanguessugas e também no escândalo do mensalão. Uma rede de corrupção que ficou conhecida em todo país e que envolve diretamente políticos do PT”.

Após a forte mensagem de crítica para tentar tirar voto do candidato do PT, o programa inclui depoimentos de cuiabanos à procura de saúde em policlínicas, no Pronto Socorro e outras unidades de saúde.

“O governo, ele tem que dar jeito na saúde, ele não tem quer privatizar, passar o problema par outra pessoa. Ele tem que assumir o problema”, diz uma mulher em ato de protesto contra o governo Silval em praça. “Cada vez pior a saúde aqui; eu não entendo... Pra onde que vai nosso dinheiro, nossos impostos, tudo aqui?”, emenda a cena seguinte de um homem. “Tô indo embora sem ser atendida”, completa uma jovem.

Emoção

A presidente da associação dos agentes comunitários de saúde de Mato Grosso, Dinorá Magalhães, faz uma cobrança e crítica pausada, com surpresa e um fundo escuro na imagem.

“Nós temos o candidato Lúdio Cabral que fala em alinhamento. Quem pregou contra as OSS e agora se alinha com quem defende as OSS. Sim, nos assusta muito, deixou o povo assustado”, afirma.

Para depois arrematar e colar a má gestão de Silval na saúde em Lúdio. “Se é um alinhamento, ele tem que cumprir todas as regras que vêm do Governo do Estado”. Repete a tese do candidato do PT de alinhamento dos três níveis de governo.

Mas, o ponto alto do programa é a conselheira municipal de saúde, Francisca Rodrigues, que faz um depoimento aos choros e cobra melhoria na saúde de forma revoltada.

“Pessoas mendigando a saúde a vida e o que a gente está tendo é uma amargura, uma angústia. Como conselheira, (chora) ...dói ver pessoas morrendo e eles tendo tudo; eles estão tirando o nosso dinheiro pra eles viver no bom. Isso dói. (continua a chorar)”.

No meio do programa, Mauro Mendes entra em cena, para com ar e rosto de indignação, mas de modo pausado e fala calma tentar capitalizar votos.

“É revoltante. Um dia desses, eu visitei uma policlínica e encontrei uma senhora que estava lá esperando pra ser atendida”, diz em imagens com casal de idosos no Centro de Especialidades Odontológicas do bairro Tijucal. “Falei para ela: “dona Maria, o que mais falta aqui? Médico, exame, remédio?”.

Então, ele mesmo conta o que a mulher responde: “Ela me respondeu: “seu Mauro, aqui falta tudo, mas o que mais falta é consideração com a gente e respeito com quem sofre tanto”.

Ao final, o programa de Mauro é encerrado com imagens de arrastão dele com os senadors Pedro Taques (PDT) e Blairo Maggi nos bairros Jardim Vitória, Pascoal Ramos, Nova Esperança e Tijucal, realizados esta semana.
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