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Sintap

Apontado como beneficiário de desvio da Sefaz, sindicato nega participação

06 Nov 2012 - 15:00

Especial para o Olhar Direto - Renê Dióz

Foto: Secom - MT

Apontado como beneficiário de desvio da Sefaz, sindicato nega participação
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias, negou nesta terça-feira (6) que a entidade tenha qualquer envolvimento como pessoa jurídica no esquema de fraudes à Conta Única do Estado.


Revelados beneficiários de desvio de mais de R$ 84 mi da Conta Única


Em reação à informação constante do parecer do Ministério Público de Contas no julgamento do ano fiscal de 2011 da Secretaria de Fazenda (Sefaz) – e divulgado ontem em primeira mão pelo Olhar Direto – a sindicalista procurou a reportagem e fez questão de disponibilizar todos os extratos bancários necessários para mostrar que o Sintap jamais recebeu verba desviada do erário pela quadrilha desmantelada pela Operação Vespeiro, em maio.

De acordo com o parecer do Ministério Público de Contas, que se valeu do trabalho de apuração da Auditoria-Geral do Estado (AGE), o esquema que surrupiou mais de R$ 101 milhões dos cofres públicos entre 2003 e 2011 desviou mais de R$ 16 milhões do montante para 41 pessoas físicas e mais de R$ 84 milhões para 12 pessoas jurídicas (factorings, associações, sindicatos). Dentre elas, o Sintap, segundo o relatório, teria recebido R$ 4,8 milhões, apontamento que a presidente da entidade rechaça veementemente.

“A quadrilha utilizou o nome da entidade, mas o dinheiro nunca foi repassado. Quero saber para onde que ele foi. Se for preciso, todos os extratos bancários do Sintap estão aqui à disposição da sociedade para quem quiser conferir que não houve depósito milionário em nossa conta”, enfatizou a presidente.

Ela lembrou que, durante a investigação do caso por parte da Polícia Civil, o sindicato já enviou à Delegacia Fazendária (Defaz) os extratos bancários pertinentes para mostrar que, assim como outros nomes de pessoas físicas envolvidos no caso, a entidade teve seu número de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) usado para maquiar pagamentos fictícios, fraudes possibilitadas por brechas no sistema de controle da Conta Única dentro da Sefaz.

“Quando você não deve, não teme”, resumiu a presidente, alegando também que o sindicato nunca manteve contato com as pessoas atualmente apontadas pela polícia como responsáveis pelas fraudes no sistema administrativo BBPAG, de onde saíram os pagamentos indevidos."Nós somos fiscais. O Sintap preza pela transparência", consignou.

Adiantando que a assessoria jurídica do sindicato já está tomando providências para averiguar o caso, a presidente se disse preocupada com a repercussão da notícia de que o Sintap estaria envolvido – mesmo que como vítima – no esquema de fraudes. Houve telefonema de pecuarista clamando por um urgente esclarecimento por parte do sindicato na imprensa, relatou.

Fundado em 1989, o Sintap representa trabalhadores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf). A entidade presta contas ao Ministério do Trabalho e sua arrecadação é baseada apenas em 1% da folha de pagamento dos representados.


Atualizada
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