Os comerciantes do Terminal Atacadista de Cuiabá (Ceasa), locados nas proximidades da Arena Pantanal, alertaram o Poder Executivo sobre uma possível distribuição gratuitamente de cerca de 50 toneladas de alimentos em algum ponto da cidade, caso o prazo de transferência dos permissionários seja estendido e a construção do novo terminal seja concretizada. A declaração foi feita na tarde desta segunda-feira (28), pelo presidente da Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá (Apetac), Luciano de Souza.

Comerciantes do Terminal Atacadista conhecem o terreno onde será construído o novo Ceasa de Cuiabá
Ônibus da Ceasa vende frutas e verduras em bairros de Fortaleza

Uma reunião com o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), está agendada para a próxima sexta-feira (01). De acordo com o presidente da Apetac, os comerciantes querem que o atual gestor cumpra com uma das suas promessas feita durante a campanha de que os permissionários só sairiam do local atual após a construção do novo Ceasa.

O impasse quanto ao novo local do Terminal Atacadista da Capital já passou por diversas negociações, neste momento, os comerciantes de cerca de 200 empresas que atual no local, pedem que o prazo de 90 dias para deixarem o local – contados a partir de fevereiro – seja estendido para pelo menos até dezembro até que seja concluído o novo espaço.

“O novo lugar que estava em negociação fica no trevo da avenida Palmiro Paes de Barros, com a rodovia dos Imigrantes, ao final do bairro Parque Cuiabá, porém até o momento esse lote ainda não foi desapropriado, esperamos que tanto a prefeitura quanto o governador Silval Barbosa dê prosseguimento ao processo de construção do novo Ceasa que já tem até uma planta pronta para execução”, afirmou Luciano de Souza.

O atual espaço deverá dar lugar para um estacionamento externo para a Arena Pantanal. “Para a compra do novo espaço estava previsto que a administração municipal leiloou a área do atual Ceasa, para angariar os recursos para a construção do novo local, porém não houve interesse de nenhuma parte para comprar o local para ser utilizado depois do Mundial de 2014”, explicou Luciano de Souza. A construção do novo espaço está avaliada em R$ 20 mi e deverá ser arcado pelo governo e prefeitura.

Protesto

Caso nada seja resolvido com o poder administrativo, os permissionários pretendem repetir o feito realizado em junho do ano passado, momento em que distribuíram gratuitamente 15 ton de frutas e legumes em protesto contra o poder público. Na época, a manifestação dos comerciantes provocou congestionamento na cidade e com as intervenções da obra da Copa o transtorno poderá ser maior. A distribuição dos alimentos está prevista para ser realizada depois do período do carnaval.