A Polícia Civil descarta a hipótese de Cristiano Inácio dos Santos, 24, ter estuprado a advogada Alessandra Martignago antes de matá-la na última sexta-feira (29) em Primavera do Leste. Os indícios observados na cena do crime apontam que o suspeito tentou violentá-la, mas ela teria se defendido e lutado. O corpo foi encontrado despido e esfaqueado na lavanderia de casa horas depois do crime.

Suspeito de assassinar advogada já tinha estuprado ex-mulher e menina de 14 anos
Suspeito de ter estuprado e matado advogada está em coma induzido em UTI de Rondonópolis
Advogada é estuprada e assassinada e população tenta linchar suspeito; OAB exige providências

Premilinarmente, o delegado Percival Eleutério lotado em Primavera do Leste, já havia afirmado que não haviam indícios da consumação da conjunção carnal, apesar da composição da cena do crime e do histórico do suspeito. O crime será tratado como latrocínio e será conduzido pela Delegacia de Roubos e Furtos do Município, pelo fato de Cristiano ter roubado o carro da vítima.

O paraguaio Cristiano Inácio dos Santos tem um passado de violência. Ele é apontado como responsável por dois estupros, incluindo um contra uma menor de idade, e outro assassinato, também contra uma mulher. Após matar a advogada na última sexta-feira, Santos fugiu com o carro da vítima, mas acabou caindo em um lago. Resgatado, ele foi linchado por populares e está em coma induzido no Hospital Regional de Rondonópolis.

De acordo com o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Primavera do Leste, Nelson Manuel, que está acompanhando o caso, Santos nutria uma espécie de obsessão pela vítima. “Ele era um psicopata”, sustenta.

Cristiano Inácio já teria invadido a casa de Alessandra cerca de 15 dias e roubado objetos íntimos da moça. Quanto aos estupros, ele é suspeito de ter vitimado uma garota de 14 anos e sua própria ex-esposa.

Manifestação

Uma manifestação foi realizada na tarde de domingo em Primavera do Leste. “O protesto contou com muitos advogados, mas não foi organizado pela OAB”, esclareceu Manuel. “Algumas pessoas se pintaram como se fosse sangue e saíram pela Avenida Porto Alegre”, completa o advogado.


Foto: Guilherme Secco