“Idiotas fundamentalistas insuflam, reforçam ações violentas contra quem tem uma orientação diferenciada, mas não nos sentimos intimidados e nem vimos o ato com uma represália. Somos pessoas que pagamos impostos, contas, como qualquer outra pessoa. O que exigimos é o fim da impunidade e que politicas públicas, de fato, sejam executadas”. A observação é do presidente da Ong Livremente, Alex Sander Virgulino da Silva, ao comentar as agressões sofridas pela presidente da Associação das Travestis de Mato Grosso (Astramitis), Lilith Prado, na manhã de hoje (23.11).

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Alex não vê relação com a ação de terror sofridas pela colega e a realização da 11ª Parada da Diversidade Sexual de Mato Grosso, que já reúne cerca de 500 pessoas na praça Ipiranga, em Cuiabá.

Lilith foi abordada por quatro pessoas e severamente espancada na manhã de hoje, na região do Zero KM, em Várzea Grande. Eles estavam a bordo de um veículo preto e a agrediram e roubaram. Por causa das agressões sofridas, principalmente no rosto, Lilith não poderá participar da Parada e, nesse momento, se encontra na Central de Flagrantes de Várzea Grande registrando a ocorrência policial.

Alex avalia que na última semana, principalmente, nas redes sociais houve um expressivo aumento de ofensas e críticas ao movimento. “Não acredito, sinceramente, que se trate de uma represália, mas não existem os fundamentalistas que se agrupam com esse propósito. O exagero é crescente”, relata. Cerca de dez mil pessoas são aguardas pelo movimento, que tem como slogan ‘Estado laico: sua religião não é nossa lei’.