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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Informática & Tecnologia

Internautas furam bloqueio na web para divulgar confronto na China

A China não conseguiu bloquear totalmente a saída via internet de informações e imagens procedentes de Xinjiang depois dos distúrbios do domingo (5). Algumas dessas informações foram difundidas em sites como o Twitter e YouTube --tal como aconteceu recentemente com as manifestações no Irã.


As autoridades chinesas tentaram filtrar da rede o material relacionado com as violências que explodiram no domingo à noite em Urumqi, a capital regional, deixando pelo menos 140 mortos e centenas de feridos, segundo um último balanço oficial. 

Mas as informações suprimidas reapareceram em sites com provedores fora da China, enquanto o Twitter transmitia imagens para todo o planeta.

Nesta segunda não era possível ter acesso na China a páginas de sites de relacionamento, assim como com o YouTube. As principais páginas de busca chinesas não mostravam qualquer resultado para a consulta "Urumqi".

Mas, assim como no Irã no mês pasado, as informações sobre Urumqi vazaram para sites sociais, de imagens e o Twitter no exterior.

Um internauta, que se apresentou como um universitário norte-americano, parece ter sido o primeiro a informar sobre os distúrbios através do Twitter, ao anunciar, antes dos meios de comunicação tradicionais, que as forças de segurança estavam bloqueando as estradas, e mais rapidamente ainda interrompendo as comunicações por meio de celulares e de mensagens SMS.

Finalmente, 12 horas depois do anúncio na internet, a televisão oficial exibiu nesta segunda as primeiras imagens das violências, com muitas pessoas ensanguentadas, carros em chamas e saques.

Alguns internautas chineses conseguiram burlar a censura para dar sua opinião, como a autora do blog Wen Ni'er, que consegui se manifestar num site do Google, depois de várias tentativas frustradas.

"Os sites na China continental apagaram sistematicamente meus textos, o que viola a lei chinesa e meus direitos e liberdade. Quero dizer até que ponto estou enojada expressar minha condenação por tais atitudes", escreveu.

O protesto começou pacificamente no domingo. Os manifestantes criticavam a morte de dois uigures em uma fábrica de brinquedos do sul do país, após eles terem sido linchados. Os uigures protestavam ainda contra a discriminação por parte da etnia han, dominante no país. A manifestação rapidamente se tornou um confronto de civis contra policiais e militares, que deixou 828 feridos na Província de maioria muçulmana.
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