Cerca de 6,4 mil famílias residem em área de risco em Cuiabá, conforme um levantamento feito pela Defesa Civil. São pessoas que construíram suas casas na beira dos 23 córregos e dois rios que existem em na Capital do Estado.
Segundo o secretário de Cidades de Cuiabá, Suelme Evangelista, há um ano não a prefeitura não dispunha desse levantamento. “Esses dados inexistiam e ainda não há um estudo sério sobre a situação. Por isso, infelizmente a Defesa Civil trabalha hoje de forma espontânea, pois não existe um projeto”, lamentou o secretário.
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Sem ter o planejamento habitacional, quando chega o período das chuvas, de outubro a março, os moradores de aproximadamente 80 bairros ribeirinhos permanecem em constante alerta. Atualmente a capital mato-grossense oficialmente possui 193 bairros registrados.
A última medição do rio Cuiabá apontou que seu nível está subindo devido as constantes chuvas, na manhã de quinta-feira (20) o nível da água era de 4,8 metros, já na manhã desta sexta-feira (21), o fluxo subiu para 5,2 metros.
Mesmo com o aumento do fluxo, o coordenador da Defesa Civil, Oscar Amélito, o nível é normal para esta época e que o sinal de alerta é emitido a quando o rio atinge a merca dos 8,5 metros de altura.
Para tranquilizar a população, o coordenador frisou que não há mais riscos de enchentes em Cuiabá como as que ocorreram nas décadas de 1074 e 1995. “Depois da construção da usina de Manso, a hidrelétrica estoca cerca de 35% da água que inundaram a cidade dessas épocas”, tranquiliza Amélito.