Olhar Direto

Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Cidades

pronto- socorro

Jovem internada há seis meses tem cirurgia suspensa devido a falta de médico anestesiologista

Há seis meses a jovem Daiane da Mata e Silva, de 19 anos, está internada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), no Pronto-Socorro de Cuiabá e nesta manhã chorou ao saber que não faria mais a cirurgia de enxerto marcada para a manhã desta sexta-feira (07) porque os anestesistas estavam com as atividades paralisadas na unidade.


Leia mais: Pronto-socorro de Cuiabá terá apenas um anestesista devido à falta de contrato

“A cirurgia estava marcada para as 8h, mas na hora os médicos vieram e informaram que ela não poderia ser feita porque não tinha anestesista. Ela chorou tanto que eu tive que acalma-la”, descreveu a mãa da jovem, Darlene da Mata e Silva, 39 anos. Ainda segundo Darlene e Silva, não há previsão de quando um novo procedimento cirúrgico será agendado. Daiane está com parte do corpo queimado depois de sofrer um acidente doméstico.

Há sete dias apenas dois médicos anestesiologistas estão atuando dentro do pronto-socorro de Cuiabá, onde normalmente há três profissionais operando diariamente, conforme informou a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado (Coopanest).

O problema foi gerado devido à falta da renovação do contrato entre a Coopanest e a Prefeitura de Cuiabá. De acordo com a empresa, desde o dia 4 de novembro os anestesistas continuam prestando serviços dentro do pronto-socorro sem nenhum respaldo documental.

Sem o certame, os profissionais ficaram sem receber salários que estão atrasados desde fevereiro. Por esta razão eles iniciaram um movimento dentro da unidade e reduziram o número de procedimentos.

Procurada, a Prefeitura de Cuiabá informou que um novo contrato não foi firmado porque a secretaria Municipal de Saúde divulgará o edital de licitação na próxima semana. “A prefeitura irá dar uma solução definitiva para a questão e irá publicar o edital de licitação na próxima semana”. Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, o certame estava ‘engavetado’ na secretaria há quase três anos, mas será executado nos meses seguintes.

Primeira manifestação

Esta é a segunda vez que os médicos anestesiologistas restringem o número de cirurgias dentro da unidade médica devido a falta de um contrato. No dia 27 de janeiro o mesmo movimento foi realizado e apenas dois médicos atuaram durante 14 dias. Durante esse período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que 150 cirurgias eletivas foram suspensas.

Naquela época, um acordo entre a cooperativa e a prefeitura deram fim ao movimento e os salários de novembro e dezembro que estavam atrasados foram efetuados.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet