Decisão da desembargadora Clarice Claudino da Silva, concedida no começo da noite desta segunda-feira, impediu a realização da sessão da Câmara Municipal de Cuiabá, que poderia resultar na perda de mandato do vereador Ralf Leite, do PRTB, requerido pela Comissão de Etica.

Em sua sentença, Clarice Silva acatou apenas parcialmente medida cautelar interposta pela defesa de Leite, que foi preso com um travesti menor de idade e também foi acusado de tentar corromper policiais militares. A defesa pleiteou a suspensão da decisão da Quarta Câmara Cível, que permitira o prosseguimento dos trabalhos investigativos da Comissão de Ética da Câmara.

A magistrada acatou a tese da defesa segundo a qual o acórdão da Quarta Câmara não poderia ser executado antes do julgamento dos embargos declaratórios com efeito infringente interpostos pelo parlamentar municipal.

“Defiro parcialmente a garantia cautelar vinculada para suspender a execução do acórdão exarado no RAI [Recurso de Agravo de Instrumento] 27090/2009 até o julgamento dos embargos apostos e sua publicação”, escreveu a desembargadora.

Na sessão de hoje, o Plenario iria apreciar o parecer da Comissão de Ética favorável à cassação de Ralf sob argumento de quebra de decoro parlamentar.

Não bastasse o caso com o travesti, a situação de Ralf Leite piorou depois que ele foi acusado de agredir sua ex-namorada, Cristina Biezus Gentil. A suposta agressão
resultou na abertura de inquérito na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM).

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