O número de vítimas da decoradora Emanuelly Félix chega a 22, de acordo com informações da delegada Ana Cristina Feldner, da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon) de Mato Grosso, que apura em inquérito o crime de estelionato, previsto pelo artigo 171 do Código Penal Brasileiro. A Polícia apura a informação de que a mulher estaria na região Sudeste do país,mais especificamente em São Paulo e existem expectativas de que o caso tenha desdobramentos ainda nessa semana. A mulher desapareceu no último dia 18 de março.
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Em entrevista ao
Olhar Direto, a titular da investigação declarou que já começou as oitivas oficiais das vítimas. Parte delas, já havia efetuado o pagamento integral pela prestação de serviços.
A mãe de Emanuelly, que concedeu uma entrevista no último final de semana, afirmando que a filha faliu e por isso deixou o Estado. Ela mantinha uma empresa há sete anos. “Ela também já foi intimada a prestar esclarecimentos”.
Questionada quanto ao pedido de bloqueio de bens para ressarcimento às vítimas, Feldner declarou que foram encontradas, até o momento, peças decorativas que já estão em poder da Polícia. Parte do material foi apreendido na última sexta-feira, 20 de março, em uma ação da Polícia Militar. As peças de decoração foram distribuídas em dois caminhões fretados e estavam na região do Grande CPA onde funcionava o depósito da empresa Emanuelly Decorações.
O sumiço da empresária foi constatado pelos casais contratantes dos serviços no último dia 18 de março. O fato dela fechar a sede da empresa instalada no Jardim das Américas também levantou suspeitas e as vítimas passaram a procurar à Polícia para denunciar a situação. No dia 19 a fan page que ela mantinha em uma rede de relacionamentos também foi retirada do ar. Anteriormente, no entanto, era possível visualizar uma série de questionamentos sobre a localização da empresária e cumprimento dos contratos firmados.
Em um dos casos, uma comerciante que optou pelos serviços da decoradora disse ao
Olhar Direto que havia pago a quantia de R$ 12.097 para a realização das bodas, agendadas para o mês de setembro deste ano.
A jovem relatou ao
Olhar Direto que no ano passado fechou um contrato no valor de R$ 13,8 mil para a realização da festa, que será realizada em um condomínio de luxo instalado às margens da MT-010, mais conhecida como ‘Estrada da Guia’.
A mulher pagou a entrada no valor de R$ 1.565 e dividiu o restante em dez parcelas de R$ 923,50 e outros R$ 3 mil por meio de uma permuta com sua empresa.
O inquérito aberto contra Emanuelly pode lhe render o indiciado por estelionato, por obter para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
*Atualizada