Um adolescente de 14 anos confessou ter golpeado no pescoço a estudante Daniele Batista Corrêa, de 13 anos, na cidade de Nova Mutum  (250 km de Cuiabá). A menina foi morta na data de 12 de julho por vingança. Daniele teria contado a namorada do adolescente que ele a traiu com ela.  Por esse motivo, o relacionamento chegou ao fim e o adolescente ficou com raiva de Daniele.  O garoto foi apreendido na data de terça-feira, 28 de julho. No dia seguinte, após representação da autoridade policial, ele foi internado por decisão judicial.
 
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De acordo com a delegada Angelina de Andrade Ferreira,  responsável pelo inquérito, o garoto confessou que planejou por uma semana o crime. Após o assassinato, ele chegou a relatar a uma dupla de amigos o que havia feito. Ele disse que teria tentado atrair a menina para a região do lago, até que no domingo, 12,  conseguiu. Na versão dele, a estudante foi golpeada no pescoço uma única vez com emprego de um canivete.  Ferida, a  menina teria caído e tentando correr.  Na sequência, ela teria tentado correr, mas caiu no lago. 
 
Apesar da confissão, a Polícia Civil dará continuidade à investigação  já que a menina foi morta com um disparo de arma de fogo e não por uma perfuração de arma branca (canivete). Outro ponto questionado pela autoridade policial é quanto ao detalhamento do que, de fato, teria ocorrido.  Ao Olhar Direto, a delegada explicou que exame de necropsia não apontou presença de água ou mesmo terra nos pulmões, fato que contraria a versão de que ela teria caído ainda viva no lago. “Ela não morreu por afogamento. E o projétil foi retirado do corpo”, explicou.

Na delegacia,  o rapaz contou que havia deixado o canivete (supostamente) usado para a prática do crime.  O instrumento foi encaminhado à perícia criminal para irá apontar se existem vestígios de sangue e, em caso positivo, a quem ele pertence. 
 
Paralelamente ao procedimento de apuração de ato infracional, a Polícia Civil irá dar continuidade ao inquérito criminal para apurar se  o rapaz está protegendo o proprietário da arma. ‘ Não sabemos se ele teve ajuda de outra pessoa”, finalizou. O  adolescente segue em regime de internação na Delegacia da cidade.