A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) se isentou de responsabilidade na falta de repasse do borderô de 5% da renda bruta do jogo entre Ponte Preta e Palmeiras, que aconteceu na Arena Pantanal, em julho deste ano. Porém, o Olhar Direto teve acesso a uma declaração, assinada pelo presidente em exercício da FMF, João Carlos Oliveira Santos, admitindo a culpa da entidade em dívida de R$ 80 mil com a Federação Paulista de Futebol (FPF). Por conta do impasse, o clássico entre Santos e São Paulo foi tirado do estádio mato-grossense.

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Em nota enviada à imprensa, a federação explica que “devido a desacertos financeiros e a não prestação de contas devidas da empresa R7, organizadora da partida entre A.A. Ponte Preta x S.E.Palmeiras, a FMF se isenta de responsabilidades e pendências do borderô da partida”. Além disto, também foi informado que a entidade “não foi procurada por nenhum organizador e nem pelo clube detentor dos direitos da partida (entre Santos e São Paulo)” para realizar o evento na Arena Pantanal.
 
Porém, o Olhar Direto teve acesso a uma declaração (veja no fim da matéria), assinada pelo presidente em exercício da FMF (no dia 21 de julho de 2015), João Carlos Oliveira Santos, em que ele admite que o erro foi da entidade: “A Federação Mato-grossense de Futebol (...) vem declarar para os devidos fins que recebeu da empresa Roni7 Consultoria Esportiva Ltda, a importância de R$ 80.705,94, concernentes aos valores à serem repassados para a Federação Paulista de Futebol, mas por uma questão de desordem financeira junto a esta federação, ainda não conseguimos transferir o devido valor a quem é de direito (Federação Paulista de Futebol)”.
 
O presidente ainda acrescenta, no documento, que “declaramos ainda, que somos responsáveis por tal repasse e que na primeira oportunidade em que conseguirmos resolver o referido conflito financeiro, estaremos efetuando o pagamento para a Federação Paulista de Futebol”.
 
Questionada a respeito do documento, a Federação Mato-grossense de Futebol enviou a imagem de um e-mail (veja no fim da matéria) que o empresário Roni mandou para o presidente da FMF. Nele, o ex-jogador fala sobre os problemas e se compromete a ajudar na quitação da dívida: “Solicito que o senhor me encaminhe o recibo da quitação do borderô do jogo Ponte Preta e Palmeiras (...) já que a FPF está bloqueando jogos da Roni7 (...) Me comprometo ainda a ajudar a FMF a quitar a divida com a FPF no próximo jogo que realizaremos em Cuiabá”.
 
O caso
 
De acordo com as informações, o repasse obrigatório de 5% da renda bruta do jogo entre Ponte Preta e Palmeiras para a Federação Paulista de Futebol não foi feito. Sendo assim, o alto comando da federação resolveu não aceitar a transferência de mando da partida entre Santos e São Paulo para a capital mato-grossense. Até que a dívida seja paga, é muito pouco provável que haja jogos com mando de times paulistas na Arena Pantanal.
 
A divida do borderô ficou em cerca de R$ 80 mil. Com a Arena Pantanal ‘barrada’. O duelo deverá acontecer no Estádio do Café, em Londrina (PR). Ao Olhar Direto, o empresário Fabiano Rodrigues, um dos responsáveis pela negociação do mando de campo confirmou o novo local, lamentou a situação e disse que a cidade perde uma ótima oportunidade: “Estava tudo certo para ser aqui”.

Confira o documento com a declaração do presidente da FMF:


Confira a imagem do e-mail enviado pelo empresário Roni à FMF: