Desde a morte dos amigos Marciano Mendes, 27, e Genes dos Santos, 24, encontrados no dia 12 deste mês, em Juína (754km de Cuiabá), o clima de tensão entre a população da cidade e a etnia Enawenê-Nawê, a qual pertencem os índios responsáveis pelo assassinato, vem se intensificando. Em nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai), alertou para tentativas equivocadas de criminalização da comunidade indígena e afirmou que trabalha em colaboração com polícia para que os responsáveis pelos crimes sejam identificados e responsabilizados.
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A Força Nacional de Segurança chegou a ser acionada pela instituição, e atua desde o dia 17 de dezembro para garantir a segurança de funcionários na região, já que a unidade chegou a ser atacada por populares depois do caso. Deste modo, por motivo de segurança dos servidores, a Coordenação Regional da Fundação ficou fechada por alguns dias. A FUNAI também informou que acionou o Ministério da Justiça a fim de solicitar a presença da Polícia Federal na região, que deu início às investigações.
O caso, que está sendo conduzido pelo delegado federal Hércules Ferreira Sodré, que atua junto a Delegacia de Defesa Institucional em Mato Grosso, continuará a ser investigado até que os responsáveis sejam presos. A FUNAI aguarda a finalização do inquérito policial para formar uma posição mais precisa sobre os fatos.
Os jovens haviam saído de Juína, no dia 9 de dezembro, com destino ao Estado de Rondônia para comprar roupas e revender na cidade. Elesestavam em uma caminhonete F-1000 quando efetuaram disparos contra um pedágio realizado pelos indígenas e fugiram, mas foram alcançados, desarmados e levados para a aldeia, onde provavelmente foram assassinados.
