O ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário chefe da Casa Civil Pedro Nadaf e o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, chegaram por volta das 9h à sede do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os três tiveram decreto de prisão expedidos pela 7ª Vara de Combate ao Crime Organizado durante a operação ‘Seven’, que apura prejuízos da ordem de R$ 7 milhões ao Estado por meio de fraudes envolvendo a compra de uma área já pertencente ao Estado.
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Sem algemas, desceram de veículos do sistema prisional (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos) e foram encaminhados para oitivas.
Silval – que está preso desde o dia 17 de setembro - não demonstrava abatimento e limitou-se a dizer bom dia ao ser questionado pela equipe do
Olhar Direto quanto às acusações formuladas pelo Gaeco.
Além deles, a pedido do Gaeco, foram decretadas a prisão do coronel PM José Jesus de Nunes Cordeiro. O médico Filinto Correa da Costa, de 73 anos, também foi alvo de mandado de busca e apreensão e teve decretado pela Justiça o uso de tornozeleiras eletrônicas. Filinto era o proprietário da área que teria sido comprada duas vezes pelo Governo do Estado de Mato Grosso.
De acordo com o Gaeco, no ano de 2002, o empresário negociou com o Governo do Estado uma área de aproximadamente 3,240 hectares pelo valor de R$1,8 milhões. Ocorre que, no ano de 2014, 727,931 hectares dessa mesma área foram novamente vendidas ao Governo, dessa vez pelo valor de R$7 milhões.
Para dar legitimidade a transação, o ex -governador, contrariando dispositivos legais expressos, transformou a unidade de conservação do tipo “parque” em unidade de conservação do tipo “Estação Ecológica”. Nesses casos a legislação federal não exige a realização de estudos técnicos ou audiências públicas. O esquema contou com a participação do ex secretário da Casa Civil e do ex presidente do Intermat.
9h30 - O advogado Jackson Coutinho, que atua na defesa do ex-presidente do Intermat, chegou à sede do Gaeco há alguns minutos. Ele declarou ao
Olhar Direto que desconhecia a oitiva agendada para esta manhã já que a oitiva havia sido agendada para às 14h. Ao
Olhar Direto, ele explicou que seu cliente demonstrou surpreso com as acusações. A sua defesa declarou que apenas fez o seu trabalho. Para ele, não existem provas de que o ex-presidente tenha recebido qualquer tipo de propina e garantiu a inocência do cliente.
10h59 - A defesa dos acusados de participação na fraude devem solicitar ao Gaeco pedido de vistas no inquérito, o que resultar na suspensão das oitivas.