Olhar Direto

Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Política BR

União

Serra ironiza alianças de Lula no Senado

Um dia depois de discutir com aliados o efeito positivo da crise no Senado para sua candidatura à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ironizou ontem o que chamou de mudanças na relação entre os indivíduos na política da década de 90 para cá. Nos anos 90, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se opunha ao hoje presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)...

Um dia depois de discutir com aliados o efeito positivo da crise no Senado para sua candidatura à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ironizou ontem o que chamou de mudanças na relação entre os indivíduos na política da década de 90 para cá.


Nos anos 90, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se opunha ao hoje presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e ao ex-presidente Fernando Collor de Mello (AL). Hoje, conta com os dois na sua base de sustentação. Serra, porém, não citou seus nomes.

Questionado sobre a troca de farpas protagonizada na véspera no Senado, onde Collor fez enfática defesa de Sarney, simplesmente alfinetou:

"Não é que não tenha as minhas opiniões. Não vou entrar [no assunto]. Agora, realmente ver as mudanças na política brasileira de 90 para cá, na relação entre indivíduos, é fascinante. Isso é coisa para tese de mestrado e de doutorado".

Na noite de segunda-feira, o impacto da crise esteve na pauta da reunião de Serra com tucanos e democratas.

A avaliação dos participantes foi a de que Lula se dedica à contenção da crise, em vez de se lançar na campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A retração de Lula alivia a pressão sobre Serra para que se declare candidato agora.

"Parecia que o governo ia passar um trator sobre nós. O governo vivia uma fantasia e, agora, caiu na realidade", afirmou o vice-governador Alberto Goldman (PSDB).

Serra, no entanto, desconversou quando o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), sugeriu que levantasse munição para a CPI da Petrobras. Segundo um participante, o governador paulista disse que essa não era sua área de atuação durante o governo FHC.

Na reunião, também foi avaliada a composição nos Estados onde DEM e PSDB enfrentam problemas, como Rio Grande do Norte e Maranhão.


Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também abordou a crise. Segundo ele, "os diálogos nos jornais são de arrepiar, são de envergonhar. Ontem [segunda-feira] foi terrível. Aquilo mostra falta de compostura", disse.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet