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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Polícia investiga

Ex-segurança nega agressão a menor em padaria; advogado classifica relato como "fantasioso"

Foto: Reprodução

Polícia também investiga crime de descriminação.

Polícia também investiga crime de descriminação.

Após as denúncias de agressão contra um menino de 11 anos, o advogado Marco Antônio Dias Filho, representante do acusado, José Soares, negou que o cliente tenha praticado o crime, registrado na sexta-feira (8), na Padaria Viena, em Cuiabá. Ao Olhar Direto, ele classificou o relato de clientes como “fantasioso” e disse que o segurança apenas pediu ao menor, que estava acompanhado por dois colegas, de 13 e 15 anos, que se retirassem do estabelecimento.


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A justificativa para o pedido é que a criança estaria causando desconforto aos clientes com a venda de paçocas. “Essas crianças deveriam estar na escola, e não trabalhando. As informações são tão exageradas, que, se a situação fosse verdade, os pais do garoto teriam notado os possíveis hematomas, já que meu cliente é um homem de 2 metros de altura. Mas eles não perceberam nada, porque não houve agressão.”

De acordo com ele, as informações de que José teria sido acobertado pelo gerente e posteriormente se escondido em uma cidade do interior também não procedem, uma vez que a atitude do funcionário foi tomada no intuito de preservar o segurança, e não de dificultar o trabalho da polícia. “Ele terminou o expediente e foi embora, e, com a repercussão negativa, acabou sendo demitido. Por esse motivo foi para a casa de parentes em Juara.”

Dias Filho explica ainda que não há motivos para uma possível fuga, uma vez que este tipo de acusação não culminaria em pena de regime fechado. Além disso, menciona que as acusações ao empreendimento também são infundadas, e que a postura da administração da padaria sempre foi voltada a atender bem os clientes, orientando que seus funcionários agissem com tranqüilidade.

O suspeito, que prestaria depoimento nesta quarta-feira (13), em horários diferentes da entrevista com o proprietário e o gerente da padaria, permanecia na casa de parentes até esta manhã. Segundo o advogado, ainda está sendo ajustado um horário com delegado para que José se apresente, e o encontro deverá acontecer até o final desta semana.

Na manhã de terça-feira (12), o menor, os colegas e seus pais foram ouvidos na Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente, pelo delegado Paulo Araújo. Na ocasião ele informou que o menor apresenta duas marcas velhas no pescoço, e que seria encaminhado ainda na data para o Instituto Médico Legal (IML), para a realização de exames de corpo de delito.

“Além do crime de lesão corporal, também apuramos a situação de discriminação, que já está na portaria. A suspeita se confirma se constatarmos que a classe social da criança tenha sido determinante para a agressão sofrida. Sabemos que ele vem de um bairro periférico e vive em uma situação de vulnerabilidade, e que, por sua aparência humilde pode ter despertado a discriminação social do acusado”, explicou o delegado.
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