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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Oposição recolhe assinaturas para divulgar nota pela saída de Sarney

A oposição está recolhendo assinaturas para divulgar uma nota pedindo o afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ontem, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que o PSDB e o DEM já assinaram a nota discutida por seis partidos (DEM, PSDB, PT, PSB, PSOL e PDT).


O PT, no entanto, ainda resiste em assinar o documento, apesar de defender o afastamento do peemedebista. Na opinião do líder do partido, senador Aloizio Mercadante (SP), Sarney poderá se defender das denúncias se deixar o cargo por alguns dias.

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"A licença dá direito à defesa. A renúncia não. Nós mantemos a nossa posição de licença, mas iremos ao Conselho de Ética muito atentos para analisar cada um dos argumentos da defesa e cada um dos argumentos das representações que foram feitas. Temos que ter critérios, aprofundar o debate", disse o petista.

Já assinaram a nota, além de Agripino, Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, do PMDB; Cristovam Buarque e Osmar Dias, do PDT; Renato Casagrande, do PSB; Tião Viana, do PT; Demóstenes Torres, do DEM; e Sérgio Guerra, Arthur Virgílio e Tasso Jereissati, do PSDB.

Acusações

Alvo de 11 acusações no Conselho de Ética do Senado, Sarney discursou ontem no plenário da Casa e descartou renunciar ao comando da Casa mesmo com o apelo de seus familiares e da oposição. Leia a íntegra do discurso de Sarney

Ao pedir o apoio dos senadores para "pacificar" o Senado, ele disse que não vai aceitar a "humilhação de fugir" às suas responsabilidades, nem mesmo vai ser vítima de "calúnias, mentiras e acusações levianas".

"Na coerência do meu passado, não tenho cometido nenhum ato que desabone a minha vida. Não tenho senão que resistir, foi a única alternativa que me deram. Todos aqui somos iguais, ninguém é melhor que o outro. Não podem esperar de mim que cumpram a sua vontade política de renunciar."

Ontem, o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou quatro das 11 acusações que foram apresentadas ao colegiado contra o presidente da Casa.

Foram rejeitadas três denúncias contra Sarney apresentadas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e uma representação protocolada pelo PSOL.

As reclamações pediam a abertura de investigação do presidente do Senado por suspeita de participação na edição dos atos secretos --medidas administrativas mantidas em sigilo nos últimos 14 anos --, de favorecimento de empresa de propriedade de seu neto em operações de empréstimos consignados aos servidores do Senado, de interferência a favor da fundação que leva seu nome e de se utilizar do mandato para facilitar os convênios da Fundação José Sarney com a Petrobras.
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