As misses Camilla Della Valle (Mato Grosso), Nicole Abdalla (Cuiabá), Liara Marmet (Várzea Grande) e Estella Defante (Tangará da Serra) se juntaram para fazer valer o discurso humanitário, pregado quase que na sua totalidade por todas as candidatas postulantes à posição em que se encontram. Desta vez, a união de forças é para tentar salvar a Casa da Mãe Joana’, localizada no Centro de Cuiabá. O local, que oferece apoio aos portadores do vírus HIV, passa por extremas dificuldades e precisa de doação para manter-se ‘em pé’. O Ministério Público Estadual (MPE) deu um prazo para que adequações sejam feitas. Caso isto não aconteça, a casa de apoio poderá fechar.

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“Temos uma notificação do MPE que tem de haver mudanças, se não a casa será interditada. Tudo isto em apenas 30 dias. Estamos sem recursos para poder fazer a manutenção, que é feita através de padrinhos que nos ajudam, já que não recebemos o auxílio do Estado ou prefeitura”, disse ao Olhar Direto, o administrador da casa, Paulo Rogério, que trabalha há 30 anos no local.
 
Paulo explica que problemas trabalhistas tem aumentado a dificuldade da casa se manter em pé: “Temos duas contas, todos os valores que caem nesta conta vão direto para pagar dívidas trabalhistas de ex-funcionários, que está em torno de R$ 160 mil”. As dívidas, segundo ele, foram todas da antiga gestão.
 
O Ministério Público exigiu uma série de reformas para que a casa continue oferecendo o apoio aos pacientes, entre as desconformidades citados estão: estrutura física em desacordo com as legislações vigentes; tomadas elétricas sem espelho fiação expostas, tomadas com defeitos (mau contato) e lâmpada sem suporte; ausência de papel higiênico; rachaduras na parede e portas danificadas.
 
Ao todo, são oito colaboradores para cuidar de 27 pacientes que estão na casa e mais 65 pessoas que são atendidas fora da Casa da Mãe Joana, que é a única que oferece apoio a portadores do vírus HIV em Mato Grosso. “Só temos ajuda da sociedade. São quatro padrinhos que nos ajudam regularmente”, comentou Paulo.
 
O administrador estima que seriam necessários R$ 25 mil para fazer as adequações exigidas pelo Ministério Público. O custo mensal estimado na casa é de R$ 20 mil/mês. “Estamos perdidos aqui. Comecei a ajudar na casa de forma voluntária porque tive um irmão com vírus HIV, que acabou falecendo. É uma forma de eu estar junto dele também”.
 
Entre as doações pedidas pela casa de apoio estão: leite integral (caixinha ou em pó), fralda, sabão em pó, desinfetante, água sanitária, detergente, carnes (para mistura), frutas, legumes, medicamentos (dipirona e Imosec) e combustível.
 
Visita das misses
 
As misses passaram uma tarde na casa de apoio e aproveitaram para conversar com os pacientes. O objetivo da visita é levar o olhar da sociedade para a Casa da Mãe Joana e fazer um apelo para que toda a população junte-se a causa. Nesta primeira visita, elas conseguiram levar vários quilos de carne.
 
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