O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Roger Elisandro Jarbas, descarta a necessidade de solicitar ajuda do Governo Federal por meio da Força Nacional, apesar das ações criminosas registradas nas últimas horas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Primavera do Leste. Os atentados resultaram na destruição de três coletivos, além de uma viatura da Polícia Militar. Motos e um automóvel foram queimados durante a noite de sexta-feira.

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Até o momento, 14 pessoas foram presas  o mentor dos ataques,  o detento da Penitenciária Central do Estado (PCE),  Reginaldo Moreira, foi identificado. Usando aparelhos celulares e aplicativos ele determinou a ‘soldados’ a execução dos crimes em represália à suspensão de visitas e entrega de alimentos no sistema prisional por conta da greve dos agentes penitenciários. Desde o dia 1º de junho, os servidores entraram em greve por conta do Reajuste Geral Anual (RGA). 

“As pessoas que  praticaram os atentados foram presas e temos mais duas ou três já identificadas. Sabemos que foram ações orquestradas por criminosos e não há motivo algum para segurança receber esse apoio. Nós já conseguimos conter essas ações”, disse ao Olhar Direto.

Ele afirmou ainda que nesta manhã, o governador Pedro Taques participou de uma reunião para debater a situação. “Estamos todos juntos. Tenho total confiança na capacidade das nossas forças em fazer frente a esta situação. Outros estados já vivenciaram isso. Mato Grosso já enfrentou uma situação semelhante no passado. Vamos vencer. O importante é que demos uma resposta forte e rápida”, destacou Taques.
 
Jarbas também ponderou que as mensagens que são replicadas por whatsApp e mídias sociais servem como dados. "Fazemos o monitoramento online de informações, dados que nos chegam”. Questionado sobre um suposto toque de recolher para moradores da região do Pedra 90, ele informou desconhecer a informação, mas garantiu que haverá continuidade nas operações. “Pode ser na sábado, domingo, segunda. Vamos manter as operações”.
 
Apesar da greve dos servidores da Segurança Pública (delegados, investigadores e escrivães) -  também pela cobrança do RGA -, ele cita que existe muito boa vontade  dos profissionais.  “Nesse momento de crise e vulnerabilidade social, os profissionais desconsideram qualquer movimento grevista. Estão atuando com total  compromisso”.