A autônoma Débora Aparecida de Souza Moura (25) e o marido Alex da Silva Moura (25) procuraram a Justiça para cobrar judicialmente o dano moral em ter que produzir em um espaço de apenas seis horas a festa de casamento pela qual já tinham desembolsado a quantia de R$ 13 mil. Débora e Alex souberam às 13h de sábado, dia 23 de julho, que o promotor contratado para fornecer buffet não poderia mais cumprir o contrato sobre jantar da festa de casamento, que teria 300 pessoas. Para poder manter o evento, amigos e familiares desembolsaram a quantia de R$ 10 mil para custear a compra de alimentos e garantiram a festa.

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Ao Olhar Direto, Débora relatou que pagou ao promotor a quantia de R$ 3 mil como entrada e ainda outros R$ 10 mil, divididos em parcelas de R$ 1 mil para que a festa pudesse ser realizada. “Ele deveria fazer a comida e fornecer os talheres, a decoração, as caixas de som, e a comida. O que eu iria fazer? Servir água, doces, suco para os meus 300 convidados?”

Segundo Débora, na sexta-feira, 22 (véspera do casamento) ela conversou com o produtor que lhe informou ter sido roubado no estacionamento de um supermercado onde ele havia acabado de fazer as compras destinadas ao casamento. No entanto, ele teria garantido a jovem que iria conseguir executar o contrato.

“Só que no outro dia, data do casamento, eu comecei a mandar mensagens às 6h da manhã e nada. Então, tive a ideia de ligar para a decoradora e perguntar qual horário faria decoração da igreja ou do local da festa quando me disse que ele [Rodrigo] não havia fechado nenhum contrato. Fui desesperador. Só às 13h, é que o produtor disse que não poderia fazer a festa. Meus pais tem amigos e conseguiram organizar tudo muito rápido. Meu marido no sábado a tarde saiu para fazer as compras. O que eu iria fazer? Servir água, suco, docinhos? O que eu ia fazer?”. Ela ainda contou que o domingo, data em que deveria aproveitar o primeiro dia de casamento, foi destinado a limpeza do buffet que havia sido cedido para a realização da festa. "Imagina tudo isso?", reclamou.

Revoltada, na segunda-feira, 25, ela, os tios e o promotor se encontraram em um shopoping center instalado na avenida do CPA. Sem acordo, ela registrou um boletim de ocorrência para pedir providências policiais.
À reportagem do Olhar Direto, Rodrigo declarou que sofre prejuízos da ordem de R$ 8 mil com o assalto e declarou que não é um golpista.
 
“Tive prejuízos de cerca de sete mil em matéria-prima e mais o dinheiro que eu tinha em espécie para pagar os fornecedores”. Ele assume que errou. “Em momento nenhum estou me eximindo da culpa. Eu trabalhei por quatro anos e aceitei fazer a festa pois eram amigos de um amigo, de um amigo. Eu fui vítima de um assalto. Eu errei em não fazer o jantar”, admite.

Ele asseverou que trabalha com carteira assinada e que pretendia resolver a situação de forma amigável. “Minha intenção era de devolver o dinheiro, os R$ 13 mil de forma parcelada,  mas na reunião que agendamos na segunda (25) eu fui ameaçado. Sim, a discussão foi acalorada, mas o tio dela me ameaçou, levantou o braço, em xingou”.

Rodrigo lamentou ainda a exposição do seu nome e a forma como vem sendo tratado em redes sociais. “Eu tenho uma moto e queria vender, por uns R$ 3 mil ou R$ 4 mil e pagar o restante parcelado, como ela me pagou. De maneira alguma sou um golpista. Como eu fico perante as pessoas com quem eu trabalho? Já procurei um advogado e vou resolver isso na Justiça”.

Ao saber quanto à denúncia de ameaças, Débora afirmou ao Olhar Direto que seu tio não ameaçou a ninguém e que ele estava carregando uma criança de oito meses durante a reunião.