A colisão entre um veículo de passeio e um caminhão de cana, que tirou a vida da ex-tenista Bruna Paes, de 29 anos, no km 267 da rodovia BR-364, próximo a São Pedro da Cipa, trouxe novamente à tona as reclamações sobre o trecho, conhecido pelo tráfego intenso e pelos índices de batidas. Somente naquele trecho foram registrados dois acidentes em sete meses deste ano que resultaram em uma pessoa morta e outra ferida neste ano. No mesmo período de 2015 foram outros quatro acidentes, que resultaram em um óbito e sete feridos.
Os dados são concessionária Rota do Oeste.
Leia mais:
Enterro de ex-tenista morta em acidente é marcado para final da tarde; amigos planejam homenagens
No caso de Bruna, registrado na noite de domingo, 21, o carro no qual ela estava a bordo, um Fiat 500, colidiu com a lateral do caminhão carregado, que invadiu a pista após sair de uma estrada vicinal. A vítima era natural de Rondonópolis (215km de Cuiabá), mas morava na Capital, onde era gerente geral em uma grande loja de departamento no shopping Três Américas. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada à um hospital em Jaciara (144km de Cuiabá), mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o delegado de Jaciara, Marcelo Melo, o motorista do caminhão ainda não foi indiciado e a responsabilidade sobre a apuração do acidente não foi definida, podendo ficar a cargo de autoridades de outras cidades da região. Na data do acontecido, o condutor, que não sofreu ferimentos, se recusou a receber atendimento médico da equipe de resgate da Rota do Oeste, responsável pelo trecho. Melo também comentou que os acidentes neste ponto da BR são recorrentes.
No dia 22 de junho, um motociclista também morreu em uma colisão envolvendo uma carreta e uma caminhonete que era dirigida por Eduardo José da Silva Abreu (PMDB), que é vice-prefeito de São Pedro da Cipa, cidade a 149 km da capital. A vítima foi identificada como Almerindo Loureiro, tem 63 anos e faleceu ainda no local.
A concessionária informou que as obras de duplicação e recuperação profunda do pavimento são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Assim, na parte que liga Rondonópolis a Cuiabá, a empresa atua apenas na prestação de serviço ao usuário, com bases de atendimentos, equipes de inspeção, resgate, ambulâncias e guinchos. De acordo com a assessoria, toda ocorrência registrada na rodovia é atendida pelas equipes da empresa.
Além disso, atendendo a um pedido da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que entendeu a necessidade de promover melhorias nesses 174 quilômetros, a concessionária também realizou um serviço de recuperação e conservação do trecho, segmento, com exceção da Serra de São Vicente. Nos trabalhos, realizados entre os meses de setembro de 2015 e junho de 2016 envolvera a restauração do asfalto, além da sinalização e limpeza do entorno da pista.
Nesse período, além de 13.183 buracos tapados, houve 2.023 reparos e a reconstrução de 40 quilômetros de pista.
