Caso medidas drásticas não sejam tomadas imediatamente, a Previdência de Mato Grosso entrará em colapso, em poucos anos, sob risco de perder a capacidade de honrar os benefícios. “Temos um déficit anual, na Previdência de Mato Grosso, entre R$ 750 milhões e R$ 800 milhões. O Poder Executivo aporta anualmente, esse valor, para manter a Previdência. Nenhum governo agüenta isso!”, explicou o governador José Pedro Taques (PSDB), sobre a cobrança dos Governadores para que sejam chamados pelo presidente Michel Temer (PMDB) para discutir o rombo na Previdência Social.
“Atualmente, nós temos alíquota de 11% [descontado no salário do servidor público]. Vamos discutir melhor, para passar essa alíquota para 14%. Todos os estados fizeram isso! E, em Mato Grosso, nós vamos buscar essa construção”, justificou o chefe do Poder Executivo de Mato Grosso.
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Pedro Taques afirmou que os governadores desejam discutir com Michel Temer e o Congresso Nacional, em caráter de urgência, um dos principais itens do ajuste fiscal: a reforma da Previdência Social. “A União deve chamar os governadores, quando se falar em reforma previdenciária. É essencial que os estados sejam chamados. O Brasil não é só a Presidência da República! Por isso, os 27 governadores querem palpitar, discutir”, afirmou ele.
“Porque desejamos discutir a Previdência? Se vamos superar a crise econômica, então, questões federativas [como a Previdência] somente serão superadas com a participação dos estados e municípios, pois a União é uma realidade jurídica. O que é concreto é o município”, disparou o governador mato-grossense. Ele lembrou que as pessoas vivem nas cidades e não na União.
O governador observou que os governadores estão prontos para contribuir com o governo federal e a discussão, no Congresso. “Os estados desejam ser ouvidos. E é isso que defendo no Colégio de Governadores [nós formalizamos a criação]. Mato Grosso possui déficit anual impagável, na Previdência”, completou Pedro Taques.
Em março, as Secretarias de Estado de Gestão (Seges) e de Planejamento (Seplan) concluem com o MT Prev os estudos sobre a nova Previdência de Mato Grosso. Então, será enviado projeto de lei para a Assembleia Legislativa, cujo escopo deve conter, entre outras mudanças, o aumento da alíquota para 14%.