Em meio a uma discussão pública na qual o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) acusa o secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho, de intransigência política, o governador Pedro Taques (PSDB) mandou um “abraço” ao administrador da Prefeitura de Cuiabá e parabenizou o secretário.
“Quero expressar meu respeito ao Emanuel Pinheiro e mandar um abraço ao Emanuel Pinheiro. Nós temos trabalhado juntos com isso, mas quem tem que avaliar meu secretário sou eu. O Leandro é absolutamente competente. Quero mais uma vez, Leandro, parabenizar você pelo seu trabalho”, disse o governador durante a caravana da Transformação, em Barra do Garças, ao ser questionado sobre a disputa.
O conflito começou porque Emanuel Pinheiro iniciou uma busca para abrigara a recém criada Secretaria Extraordinária dos 300 anos de Cuiabá (Sec300) e escolheu o edifício Moitará, atual sede da Secretaria de Estado de Cultura e da Galeria Lava Pés, como melhor local. Uma reunião na quarta-feira (09) entre o governador e o prefeito de Cuiabá deve selar o destino da Secretaria de Estado de Cultura.
A Sec300 possui 16 funcionários que vão trabalhar na fiscalização da execução dos trabalhos para todas as obras prometidas pela Prefeitura para a comemoração do aniversário de três séculos da Capital de Mato Grosso. Emanuel requisitou o prédio Moitará, da Prefeitura de Cuiabá, usado pelo Governo do Estado desde a gestão Blairo Maggi (PP), quando ali instalaram a Agência Executora da Copa (Agecopa) e em seguida a Secretaria Especial da Copa (Secopa).
Na gestão Pedro Taques, o espaço foi repassado a Secretaria de Estado de Cultura, que saiu de um prédio histórico localizado na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Joaquim Murtinho, e passa por reformas.
Dividido em dois pavimentos, na parte debaixo do Moitará funciona um dos poucos aparelhos culturais da cidade em plena atividade, a Galeria Lava Pés. No segundo piso funciona a Secretaria de Cultura propriamente dita, com seus 150 funcionários e espaço para receber artistas de todo o Mato Grosso.
Primeiro, Emanuel teria solicitado a divisão do espaço, mas foi informado da falta de espaço físico para abrigar mais pessoal. O secretário Leandro Carvalho ofereceu ainda dois prédios em contraproposta, o Museu Histórico e a Casa Cuiabana. O primeiro está em fase de chamamento público para nova gestão, ambos em perfeito estado de uso.
Diante da negativa do prefeito, Leandro também ofereceu a opção de pagar aluguel pelo espaço, onde já estão acomodados os funcionários da Secretaria de Cultura e a dinâmica de trabalho está “lubrificada” após dois anos no mesmo local.
