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Sábado, 18 de maio de 2024

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NA MIGUEL SUTIL

Procedimento do CRM que apura caso de médica que atropelou verdureiro pode durar até um ano

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Procedimento do CRM que apura caso de médica que atropelou verdureiro pode durar até um ano
O procedimento administrativo instaurado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) para apurar o caso da médica Letícia Bortolini, de 35 anos, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lucio Maia, de 48, em abril, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, pode durar seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis.


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De acordo com o CRM-MT, a sindicância está coletando documentos junto às policias militar e civil, e também das próprias pessoas envolvidas. Em uma das partes do procedimento, que segue em sigilo, as partes devem ser ouvidas. Na ocasião, elas também podem apresentar provas. A médica se recusou a prestar depoimento e afirmou que falará sobre o caso somente à Justiça.

No dia do acidente, ela fugiu sem prestar socorro à vítima e foi presa em sua residência, no Bairro Jardim Itália. Ela se recusou a fazer o teste do etilômetro e o exame de sangue, que poderiam comprovar ou descartar a embriaguez apontada por policiais militares no momento da prisão. 
 
De um lado, o delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), Christian Cabral, que conduz as investigações, tem a versão dos policiais militares. De outro, o laudo clínico de um médico da Perícia Técnica (Politec). No entanto, o exame clínico foi feito após quatro horas do crime. “Isso influência também, e efetivamente naquele momento, ela poderia não possuir mais nenhum sinal de embriaguez”, afirmou.
 
Ainda conforme o CRM-MT, o fato de Letícia não ter prestado socorro é notório. Porém, ainda deverá ser avaliado se ela tinha de fato a responsabilidade ou não. Caso comprovado, entre as penas estão previstas censura pública ou privada, suspensão por determinado período do direto de exercer a medicina, e até a cassação do registro.
 
O inquérito que investiga a morte do verdureiro ainda não foi concluído. Diante do fato, uma das filhas da vítima disse que se sente impotente e que a família ainda aguarda para saber como andam as investigações.
 
“Eu queria pedir às autoridades e ao delegado que nos ajude com esse inquérito. Queremos uma resposta. A nossa dor e agonia só aumenta de saber que não estamos tendo uma resposta. É como se a gente estivesse se sentido impotente, pois a gente está tentando batalhar e não estamos conseguindo resultado. Já passou o prazo e sabemos que ele pediu mais para conseguir mais provas, mas a gente precisa de um retorno. A gente precisa saber como que anda as coisas, pois se não o caso do meu pai vai virar só mais um”.
 
Por fim, pediu cautela na investigação do Conselho.” Queremos pedir ao CRM que quando tivermos com todas as provas em mãos, que o delegado concluir o inquérito, que nos de um êxito, uma conclusão das provas contra essa médica. Que eles analisem esta situação com atenção, porque o doutor Aritony e a doutora Letícia, eles não são médicos. É como se não fosse válido. Uma pessoa que não está pronta para salvar a vida de alguém não é medico. Nós ajude com todos esses questionamentos e com muita atenção”, afirmou. 

A presidente do Conselho, Maria de Fátima de Carvalho Ferreira, ressaltou por meio de nota, a importância de se ter cautela, evitando julgamentos precipitados. Além disso, mesmo considerando a gravidade, enfatiza que o caso não ocorreu no exercício da profissão.

O caso

O verdureiro de 48 anos identificado como Francisco Lucio Maia, 48, morreu na noite deste sábado (14), após ser atropelado pela médica Letícia Bortolini, 35, na Avenida Miguel Sutil, região do bairro Cidade Verde, em Cuiabá. Letícia estava em um Jeep Compass, com o marido, e ambos fugiram sem prestar socorro à vítima. Na mesma noite, ela acabou sendo presa e encaminhada ao Cisc Planalto. No entanto, Letícia foi solta dois dias depois após o desembargador Orlando Perri conceder habeas corpus.
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