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Sábado, 04 de maio de 2024

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CASO VERDUREIRO

Sindicato cobra CGE e Sesp para que perito acusado de plágio seja investigado

Foto: Olhar Direto

Sindicato cobra CGE e Sesp para que perito acusado de plágio seja investigado
O Sindicato dos Peritos Criminais de Mato Grosso (Sindpeco) vai pedir junto à Controladoria Geral do Estado (CGE) e à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) que seja investigada a atuação do perito criminal Thyago Jorge Machado, servidor de carreira da Politec, que também atua como responsável técnico da empresa Forense Lab. O perito afirmou que também possui seus meios de defesa e disse que não entende porque está sendo perseguido pelo Sindicato, já que não assinou o laudo.

 
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Thyago Machado está afastado para licença qualificação e recebe, segundo o Portal da Transparência, salário bruto de R$ 23 mil apenas para estudar, como estabelece o Estatuto do Servidor.

De acordo com o Sindpeco, será realizada uma reunião nesta terça-feira (26), com o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, às 11 h, na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para tratar deste assunto.
 
“O artigo 24 da lei 9.342 de 20 de abril de 2010 proíbe ao perito atuar como assistente técnico em processos criminais ou emitir laudos, pareceres ou peças similares para particulares. Além disso ele está afastado da função em licença de qualificação profissional, então queremos que o Estado esclareça se essa atuação está ou não em acordo com a legislação”, diz o presidente do Sindpeco, Antônio Magalhães.
 
Sobre o atropelamento, Magalhães disse que o primeiro laudo da Politec foi inconclusivo em relação à velocidade do Jeep Compass dirigido pela médica Letícia Bortolini, que matou o verdureiro Francisco Lucio Maia na Avenida Miguel Sutil, no dia 14 de abril. O laudo apontou que no trajeto do veículo a velocidade mínima do veículo foi de 30km/h e não chegou a conclusão em relação da velocidade no momento do impacto.
 
A pedido do titular da Deletran (Delegacia de Trânsito), o delegado Christian Alessandro Cabral, peritos da Politec analisaram gravações entregues pela autoridade policial para chegar a um laudo sobre o acidente. Ainda não há prazo para o término dos trabalhos.
 
Com relação ao primeiro laudo, a empresa Forense Lab foi acusada de plagiar um laudo da Politec feito em 2014 de um acidente de trânsito em Sapezal. O Sindpeco, inclusive, já entregou documentos ao Ministério Público sobre isso.
 
Também será entregue às autoridades uma denúncia anônima recebida pelo Sindpeco, com cópias de um processo da UFMT onde o perito teria cometido plágio de um artigo da Universidade de São Paulo (USP) ao apresentar artigo em uma disciplina durante o mestrado.

O perito Thyago Jorge Machado disse ao Olhar Direto que não entende a perseguição do Sindpeco e que também possui seus meios de defesa.

“Vou esperar eles fazerem o que precisam fazer, não sei porque eles estão tanto em cima de mim sendo que eu não assinei o laudo, mas eles podem correr ao órgão que eles quiserem, estão no direito deles, assim como eu também estou no meu, tenho meus advogados, tem uma audiência já no próximo dia 3. Não sei porque eles estão sempre ventilando o meu nome na imprensa, sendo que eu não tive participação nenhuma no laudo”.

Machado ainda criticou a demora na conclusão do laudo final da perícia e reforçou que nunca atacou a categoria.

“E eles continuam falando e falando, mas a população até hoje não sabe quando vai sair o laudo deles. Em momento algum eu falei mal da categoria ou do sindicato, não difamei nem caluniei nenhum perito, ao contrário deles. Não consigo entender, o próprio sindicato é para defender a categoria, mas porque estão me perseguindo?”.
 
Boletim de ocorrências
 
O perito Thyago Jorge Machado, da empresa Forense Lab, registrou boletim de ocorrência contra o perito Jaime Trevisan e contra o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco), Antônio Magalhães, por declarações dadas por eles sobre Thyago durante a coletiva de imprensa do último dia 11.
 
O Sindpeco acusou Thyago de plagiar um laudo de 2014 sobre um caso ocorrido em Sapezal e utilizar as informações dele no primeiro laudo feito pela empresa sobre o caso do atropelamento do verdureiro Francisco Lucio Maia pela médica Letícia Bortolini.
 
O delegado Richard Damasceno Ferreira Lage já notificou Trevisan e Magalhães sobre uma audiência a ser realizada no próximo dia 3 de julho no Juizado Especial Criminal em Cuiabá. Eles foram acusados de calúnia e difamação, por causa das declarações dadas durante a coletiva de imprensa.
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