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Sábado, 27 de abril de 2024

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GRAMPOLÂNDIA

Botelho anuncia que não irá assinar CPI e diz que possível grampo em mais deputados é especulação

Foto: Rogerio Florentino/Olhar Direto

Botelho anuncia que não irá assinar CPI e diz que possível grampo em mais deputados é especulação
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que não irá assinar o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos grampos, que deve ser apresentado nesta quarta-feira (01) pela deputada Janaina Riva (MDB). Em entrevista ao Olhar Direto, Botelho preferiu não comentar o depoimento do cabo Gerson – que apontou Pedro Taques (PSDB) como responsável pelas escutas –, mas admite “especulações” que circulam sobre mais deputados terem sido grampeados.


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“Eu soube de maneira extra-oficial. Não sei dizer quem, porque é especulação, não sei nem se procede. Especulação tinha sim, muita”, afirmou Botelho, ao ser questionado sobre as declarações do cabo Gerson Corrêa, que confessou participação no esquema e que, segundo Janaina Riva, apontou que além dela outros 23 deputados foram grampeados.

A deputada afirmou, ainda, que já possui as oito assinaturas necessárias para abrir a CPI para investigar o caso dos grampos. Além disto, também está sendo avaliado um novo pedido de impeachment contra o governador Pedro Taques.

Para a deputada, esta será uma forma de mostrar para a sociedade se os deputados têm interesse ou não de esclarecer o caso dos grampos. Botelho adiantou que não irá assinar o requerimento, mas garantiu que não irá barrar o andamento da Comissão.

“Ela me comunicou que irá apresentar. Ela falou que já tem todas as assinaturas, não sei se tem. Mas vamos aguardar, se ela reunir mesmo todas as assinaturas eu vou atender, tem que atender, ne?! Eu não vou assinar. Eu prefiro não emitir opinião agora, porque eu falo como presidente da Casa. Então, eu prefiro ficar quieto agora, aguardar que os deputados façam esse trabalho”, disse.

Grampolândia

Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

As declarações do cabo Gerson foram dadas na madrugada do último sábado, durante interrogatório na 11ª Vara Criminal Militar. De acordo com o militar, o equipamento para a interceptação ilegal teria sido financiado por Paulo Taques, primo do governador, coordenador jurídico da campanha de 2014 e ex-chefe da Casa Civil. A defesa de Paulo Taques nega as acusações e sustenta que se pronunciará nos autos do processo.

"O dono disso aqui não sou eu, nem o coronel Zaqueu. Os donos disso aqui são Paulo Taques e o governador Pedro Taques. Longe da Polícia Militar", disparou o cabo durante depoimento.
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