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Contra CPI

Líder do Governo sustenta que roubar é "mais grave" que grampear adversários

01 Ago 2018 - 10:14

Da Redação - Érika Oliveira / Da Reportagem Local - Carlos Dorileo

Foto: Rogerio Florentino/Olhar Direto

Líder do Governo sustenta que roubar é
O deputado estadual Leonardo Albuquerque (SD), líder do Governo na Assembleia Legislativa, questionou a gravidade das escutas telefônicas ilegais que eram praticadas em Mato Grosso e que, segundo o cabo Gerson Côrrea – que confessou participação no esquema – teria o governador Pedro Taques (PSDB) como um dos mandantes. Para Leonardo, a população precisa analisar qual dos crimes é maior: grampear ilegalmente pessoas ou roubar.


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“Na realidade são acusações, a população sabe. Tudo bem que grampos ilegais, escutas ilegais, é sério, fere a democracia, mas o mais grave é roubar o dinheiro público, o mais grave é surrupiar a saúde, surrupiar o dinheiro do povo. Nós temos que analisar. Grampo é crime? Sim! Mas e quem roubou, também não é crime? Qual é maior? Todos os dois são crimes e precisam ser punidos, mas os verdadeiros culpados precisam aparecer. Não adianta ficar fazendo suposições”, sustentou o deputado, ao ser questionado se as acusações do cabo em período eleitoral poderiam prejudicar o governador, que é pré-candidato à reeleição.

Na tarde da última terça-feira (31), em entrevista ao Olhar Direto, o líder criticou a oposição, que pretende abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia para apurar o caso dos grampos.

Leonardo classificou a CPI como desnecessária, visto que o caso já está sendo investigado pela Justiça de Mato Grosso. Ele também teme que muitos dos colegas possam aproveitar da situação para fazer do plenário um palanque político.

“Vejo que é desnecessária a CPI neste período eleitoral, e os órgãos competentes da Justiça estão investigando o caso. Mas é um direito dos deputados e em havendo o número mínimo de assinaturas, que se abra, mas não se faça palanque político”, afirmou.

A CPI

A deputada Janaina Riva (MDB) anunciou que pretende novamente emplacar a CPI para investigar o caso dos grampos. Ela, que foi um dos alvos das escutas, quer aproveitar as declarações do cabo da Polícia Militar, Gerson Correa, pra convencer os colegas de que o governador Pedro Taques possuía envolvimento no esquema.

A deputada afirma que já possui as oito assinaturas necessárias para abrir a Comissão. Além disto, também está sendo avaliado um novo pedido de impeachment contra o governador Pedro Taques.

Grampolândia

Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

As declarações do cabo Gerson foram dadas na madrugada do último sábado, durante interrogatório na 11ª Vara Criminal Militar. De acordo com o militar, o equipamento para a interceptação ilegal teria sido financiado por Paulo Taques, primo do governador, coordenador jurídico da campanha de 2014 e ex-chefe da Casa Civil. A defesa de Paulo Taques nega as acusações e sustenta que se pronunciará nos autos do processo.

"O dono disso aqui não sou eu, nem o coronel Zaqueu. Os donos disso aqui são Paulo Taques e o governador Pedro Taques. Longe da Polícia Militar", disparou o cabo durante depoimento.
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