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Sábado, 04 de maio de 2024

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Fávaro assume protagonismo após cancelamento de viagem de Lula à China

Foto: Assessoria

Fávaro assume protagonismo após cancelamento de viagem de Lula à China
Diante da impossibilidade do presidente Lula (PT) embarcar para a China, por motivos de saúde, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, foi o responsável por conduzir diversos acordos entre companhias brasileiras e chinesas com potencial para alavancar negócios. 


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Acompanhado por uma comitiva de empresários, muitos deles de Mato Grosso, Fávaro conseguiu avançar em novos protocolos sanitários para o agronegócio, além da criação de um mecanismo bilateral para agendas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

O ministro viajou antes de Lula para a China, porque pretendia negociar a queda do embargo chinês à carne bovina brasileira, ocorrida após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”), identificado em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

O embargo foi suspenso pela China após 29 dias de negociação, com o cumprimento de todos os protocolos por parte do Brasil. “Essa rapidez, não precarizando em hipótese alguma a qualidade e a segurança necessária para a relação comercial, mostra a relação afetuosa e profícua entre os dois países. A última vez que aconteceu um caso desses, foram mais de 100 dias para o embargo ser levantado”, comemorou o ministro.

Outros quatro novos frigoríficos brasileiros também receberam licença para exportar para a China, o que não ocorria desde 2019, além da retomada de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.

Uma das empresas beneficiadas foi o abatedouro bovino Redentor, localizado em Guarantã do Norte (715 km de Cuiabá), que estava embargado desde julho do ano passado. “Temos hoje mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo governo chines. As oportunidades estão postas na mesa e tenho certeza de que teremos mais produtos comercializados com a China”. Também houve avanços na negociação de outros produtos como algodão, milho, uva fresca, noz pecan, sorgo e gergelim.

A visita de Lula ao presidente Xi Jinping havia sido anunciada há meses, mas acabou cancelada depois que o presidente brasileiro foi diagnosticado com uma broncopneumonia causada por bactérias e pelo vírus da gripe A. Diante do risco de transmissão para outras pessoas e de um agravamento de seu quadro clínico - dada a longa viagem de avião em cabine pressurizada - a equipe médica do Planalto recomendou o cancelamento do compromisso.

Lula seria o primeiro aliado estrangeiro convidado por Xi a visitar o país desde sua recondução a um terceiro mandato, uma deferência da diplomacia chinesa.

O Itamaraty havia informado a expectativa de ao menos 20 acordos serem firmados, em setores distintos da economia. A assinatura teve de ser adiada, mas para Fávaro não houve prejuízo.

“Nós antecipamos a vinda do Mapa porque tínhamos as questões técnicas do agronegócio, principalmente acerca da liberação das exportações da carne bovina, o que já conseguimos responder. E os demais acordos importantes serão assinados quando for remarcada a agenda presidencial. Contratempos acontecem, como aconteceu. De qualquer forma, quando o presidente estiver restabelecido, nós ficamos aguardando o governo chinês", minimizou o ministro, que foi o único do primeiro escalão do Executivo brasileiro a ir ao país asiático.

Agora, o Itamaraty aguarda a confirmação do governo de Xi Jinping para remarcar a ida de Lula. Os chineses querem que, com o presidente, o governo brasileiro leve mais uma vez a Pequim uma grande delegação de empresários.

Segundo Fávaro, os empresários brasileiros que foram com ele à China serão novamente convidados quando o encontro entre Xi e Lula se concretizar.

A comitiva robusta de empresários brasileiros e entidades do agronegócio foi organizada pelo ministro atendendo a um pedido pessoal do presidente Lula, durante visita a Rondonópolis (200 km de Cuiabá) no mês passado.

Entre os integrantes estavam os irmãos Wesley e Joesley Batista, do Grupo J&F, o filho de Erai Maggi, Kleverson Scheffer, que representou o grupo Bom Futuro, um dos maiores exportadores de soja do mundo, além de líderes da Marfrig e Bayer.

Outro empresário mato-grossense que acompanhou a comitiva foi Itamar Antônio Canossa, presidente do Fórum Mato-Grossense da Agropecuaria. O ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, também apareceu como um dos convidados pela comitiva. Marcelo atuou na gestão do ex-governador Pedro Taques e atualmente responde pela diretoria de Relações Internacional da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA). A comitiva contou ainda com a participação de Tarcísio Sachetti, um dos sócios da Agro Investments Sachetti.

Uma coletiva de imprensa estava marcada para esta segunda-feira (3), em Cuiabá, para apresentar o saldo político e comercial da viagem, mas precisou ser adiada após Lula convocar uma reunião com seu staff. Segundo a assessoria de imprensa de Fávaro, nova data será anunciada em breve. 
 
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