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Sábado, 27 de abril de 2024

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TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO

Blairo cita preocupação de setores econômicos e não crê em aprovação da reforma tributária

Foto: Reprodução

Blairo cita preocupação de setores econômicos e não crê em aprovação da reforma tributária
Apesar de receoso com a velocidade da tramitação no Congresso Nacional, o ex-ministro Blairo Maggi afirmou não estar completamente certo que a reforma tributária será aprovada. Acionista do Grupo Amaggi, disse que todos os setores estão temerosos com a proposta, o que pode fazer com que o Congresso não avance na votação da matéria já aprovada pela Câmara Federal.


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“Está todo mundo preocupado, converso com o governador do meu Estado (Mauro Mendes) e de outros, eles estão extremamente preocupados com a reforça. Converso com o pessoal da área de serviços e estão extremamente preocupados, o mesmo no agro, pois temos várias isenções que deixarão de existir, no momento que vem essa reforma tributária”, disse, em entrevista ao empresário Abílio Diniz, que comanda o programa Caminhos, transmitido nesta terça-feira (26), na CNN.

Blairo relembrou que em seu primeiro mandato como governador, Lula convocou os 27 governadores em Brasília, para que juntos entregassem a proposta de reforma tributária ao Congresso. Apesar de ter participado do ato, procurou o então líder da bancada, deputado federal Pedro Henry, pedindo para que os parlamentares não avançassem no projeto.

“Para falar bem a verdade, não sei se ela sai. Sou testemunha de um evento, quando Lula foi presidente pela primeira vez, eu era governador no primeiro mandato. Ele chamou os 27 governadores, fizemos uma caminhada do Palácio até o Congresso para entregar a reforma tributária. Todo mundo bateu palmas, quando terminou a entrega, eu fui lá no meu líder da bancada, deputado Pedro Henry, e disse: ‘pelo amor de Deus, pé na porta com esse negócio, pois vai ser uma desorganização total da nossa economia’”, declarou.

“E acredito que está sendo a mesma coisa agora. Queremos a reforma, é necessária, mas desde que não me reforme. É realmente muito perigoso fazer uma reforma tão grande como essa, de uma vez só. Quando há mudança numa vírgula de uma lei, numa normativa, gera 300 processos na Receita Federal e etc. Então, eu concordo que precisa ter uma simplificação do nosso sistema tributário, mas uma reforma do tamanho que está se pensando em fazer e na velocidade da votação dentro do Congresso, com pouca gente falando, sou receoso com isso”, completou.

Preocupação em MT

A tramitação da reforma tem preocupado o governador Mauro Mendes (União), que busca amenizar os impactos negativos na arrecadação de Mato Grosso. A última vez que esteve em Brasília tratando deste assunto, foi em agosto. Na ocasião, junto da bancada federal do Estado e dos governadores Eduardo Riedel (PSDB-MS), Ronaldo Caiado (UNIÃO-GO) e Helder Barbalho (MDB-PA), o mato-grossense discutiu a preservação dos fundos estaduais na reforma. Os quatro estados são os únicos que possuem esses fundos, que são pagos pela classe produtora para investimentos em infraestrutura e habitação.

Mauro registrou, ainda, que em Mato Grosso o Fethab tem garantido investimentos na ordem de R$ 3 bilhões ao ano, valores usados para construções e melhorias em centenas de estradas. Além disso, defendeu que o texto da reforma seja aperfeiçoado em vários pontos, entre eles a criação de uma "trava" que impeça o aumento da atual carga de impostos que os brasileiros já pagam.

Tramitação no senado

Nesta terça-feira (26), o senador Eduardo Braga anunciou que não vai conseguir entregar o relatório da reforma até o dia 4 de outubro, conforme previsto inicialmente. Ele estipulou o dia 20 de outubro como um novo prazo.

“Os interesses estão muito difusos, tem muita coisa que vai entrar na fase de negociação efetiva do texto, com as bancadas, os autores das emendas e dos setores que também vão apresentar sugestões”, disse, durante audiência com a Frente de Energia na Comissão de Assuntos Econômicos.

Braga disse que muitas audiências foram solicitadas na Comissão de Constituição e Justiça, que seu gabinete já fez mais de 190 atendimentos e que quase 200 emendas foram apresentadas. Além disso, o senador está com o joelho machucado e disse nas redes sociais que o acidente “impôs uma série de limitações”.
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