Com a repercussão da instalação de câmeras nas fardas dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro e a discussão sobre o tema no Estado, o deputado federal Coronel Assis (Republicanos) rechaçou a ideia, alegando que a diminuição da criminalidade no país não parte do monitoramento das atividades policiais.
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Em sua avaliação, o debate sobre o assunto é uma cortina de fumaça para encobrir o real problema enfrentado: a impunidade.
“Se não houver vergonha na cara por parte do Estado brasileiro e não houver também um empenho e um esforço concentrado entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, no sentido de combater a impunidade, não vai acontecer nada, vai ficar do jeito que está. As organizações criminosas, as facções criminosas dominando o nosso país, daqui a pouco o Brasil vai se tornar um narcoestado. Antigamente, nós víamos nos grandes centros, como o Estado do Rio de Janeiro, as famosas guerras de facção e hoje isso aqui acontece no nosso quintal, no eixo da BR-163, está acontecendo”, enfatizou.
Ele ressaltou que o debate do tema é algo “enfadonho” e destacou que os agentes da Segurança Pública precisam de investimentos para realização de seu trabalho. Além disso, o deputado comentou que a legislação precisa ser mais rígida para punir os criminosos. Caso não aconteça, o país vai ter que aprender a assistir crimes sem nenhuma punição severa de seus autores.
“Até pouco tempo atrás nós não tínhamos arma para cada policial, se não fosse aí a gestão Mauro Mendes, através de um governo sério, colocar uma arma para cada policial, nosso policial ainda tinha que acautelar a arma e ir embora desarmado, isso é muito ruim. Precisamos discutir assuntos que realmente vão trazer resultados ao país, não esse tipo de ação, porque se não onde nós vamos parar? Nós vamos colocar câmera também nos políticos, nós vamos colocar câmera também nos magistrados, nos membros do Ministério Público, no médico do posto de saúde, é isso?”, questionou.
