O coronel do Exército Brasileiro (EB) Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, preso suspeito de ter financiado a morte do advogado Roberto Zampieri, presta depoimento à Polícia Civil no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cuiabá, na tarde desta quinta-feira (1º). Essa é a segunda vez que ele vai ser ouvido. 

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O depoimento será tomado pelo delegado Nelson Farias, um dos responsáveis pela investigação. Ao Olhar Direto, ele disse que foi oportunizado uma nova oitiva ao coronel e ele aceitou. Questionado se há possibilidade do suspeito “abrir o jogo”, o delegado respondeu: “é o que esperamos”. Segundo ele, o depoimento tem previsão de durar até duas horas.

Caçadini de Vargas foi preso no dia 15 de janeiro, em Belo Horizonte (MG), em uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso e a Polícia Civil de Minas Gerais. Naquele ocasião, foi cumprido um mandado de prisão temporária e mandados de busca e apreensão.

Dois dias depois, o coronel foi recambiado da capital mineira e chegou em Cuiabá no dia 17 de janeiro. Ele está detido no 44º Batalhão. Segundo as investigações da Polícia Civil, ele esteve quatro vezes em Cuiabá. No entanto, no dia do crime, o Coronel não estava na capital. 

A investigação aponta ainda que ele teria recebido o dinheiro do mandante do crime e repassado a dois pistoleiros, que seriam Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Barboza, detidos em Cuiabá. Angélica Gontijo, empresária, também é alvo de investigação e já teve prisão revogada.  

Questionado sobre a relação do coronel do exército com Angélica Gontijo, suspeita de ter encomendado a morte do advogado, um dos delegados disse que ainda busca, através de provas técnicas, estabelecer esses vínculos.