A vereadora Maysa Leão (Republicanos) detonou o deputado federal Abílio Júnior (PL) e os demais membros da bancada mato-grossense, que votaram para que Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco, fosse libertado da prisão. Tratou a votação como vergonhosa e afirmou que Cuiabá estará exposta caso o parlamentar se eleja prefeito nas eleições de outubro.

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“Imagina se o deputado Abílio se torna o prefeito de Cuiabá, a que estaremos expostos? Precisamos ver que há uma incongruência, excesso de narrativas e falta de política pública. Esse é o perigo que Cuiabá está correndo”, afirmou, em conversa com a imprensa, nesta quinta-feira (11).

Além de Abílio, os demais deputados do PL (Amália Barros, Coronel Fernanda e José Medeiros) e Coronel Assis (União) votaram pelo fim da prisão do parlamentar. Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (União) e Juarez Costa (MDB) votaram com a maioria, para manter o suspeito na cadeia.

De acordo com Maysa, o fato de a maioria da bancada ter votado favorável a Brazão representa um recado muito ruim à sociedade.

“É um absurdo a bancada de Mato Grosso se posicionar pela soltura de um deputado envolvido com milícia, envolvido em um crime tão grave, que fera à nós políticos, pois isso coloca em vulnerabilidade o desejo de pessoas idôneas, com pautas reais, de entrarem na política”, disse.

“Uma vergonha ver os deputados votarem dessa forma e tentando justificar. Não é de narrativa que o povo precisa, povo precisa é de política pública. ‘Bandido bom é bandido preso, desde que não seja da minha turma’; esse foi o recado que eles deram. É inaceitável e vai ficar marcado na história”, acrescentou.

Por fim, a vereadora avalia que a morte de Marielle impacta diretamente a atuação de todos os políticos. “A vida de Marielle foi ceifada por interesses políticos. Aplausos à deputada Gisella Simona, pois essa sim representou todas as mulheres. Lugar de pessoa envolvida com milícia e crimes não é no Parlamento”.