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Sábado, 27 de abril de 2024

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Prisão de Arruda é uma situação sem "precendentes" na história do país

Em uma decisão sem precedentes na história da política brasileira, os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovaram por 12 votos contra dois o pedido de prisão do governador José Roberto Arruda e de mais cinco pessoas envolvidas em um suposto esquema de corrupção investigado pela Operação Caixa de Pandora da Policia Federal.  A descoberta de um dos maiores escândalos da política brasileira, em novembro do ano passado derrubou toda a cúpula do governo distrital e também da Câmara Legislativa do DF.


O governador será mantido na sala tecnocientífica da Superintendência da PF, em Brasília. O local representa a "sala de Estado Maior", a que os governantes têm direito em caso de prisão. Segundo a assessoria de Arruda, ele recebeu com serenidade a decisão do STJ e disse que a licença será até a conclusão das investigações. Porém, se conseguir um habeas corpus, voltará ao cargo. O vice-governador Paulo Octávio (DEM) disse que só vai se pronunciar quando souber exatamente como ficará sua situação.

Para evitar que a PF cumprisse o mandado de prisão na residência e Arruda fosse fotografado de algemas,  o governador (ex-DEM e atualmente sem partido) resolveu se apresentar espontaneamente na tarde desta quinta-feira (11) à Polícia Federal em Brasília após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decretar sua prisão por envolvimento na tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra. Seis carros deixaram a residência oficial em Águas Claras, uma cidade–satélite de Brasília, e acompanharam Arruda até a PF.

Os carros, todos com vidros escuros, chegaram pela entrada principal e se dirigiram ao Instituto de Criminalística, que fica ao lado da superintendência. Além de José Roberto Arruda, a PF decretou a prisão do suplente de deputado distrital, Geraldo Naves, do secretário de Comunicação, Wellington Moraes, do conselheiro do Metrô, Antônio Bento da Silva, do secretário Rodrigo Diniz Arantes e de Haroldo Brasil de Carvalho.

O pedido de prisão foi feito pelo procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, e pela subprocuradora-geral da república, Raquel Dodge, e conta no inquérito 650. da PGR. No voto do ministro Fernando Gonçalves, relator do processo do STJ, Arruda e os envolvidos são acusados de “atuar de modo criminoso para desviar e se apropriar de verbas públicas do Distrito Federal e, também, para apagar os vestígios das infrações que praticam”.

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra o governador e mais cinco pessoas por formação de quadrilha e corrupção de testemunha. "Se não é possível fazer conclusões nesse atual estágio [...] por outro lado é inconteste que a presença do governador está ligada aos recentes eventos e tem gerado instabilidade na ordem publica da cidade. A única forma de se fazer cessar é decreto de prisão preventiva", disse o relator.

A Polícia Federal prendeu, na semana passada, o conselheiro do Metrô. No momento da prisão, ele entregava R$ 200 mil a Sombra. Silva está no presídio da Papuda, em Brasília.

Segundo o jornalista, o dinheiro seria a primeira parcela de um suborno de R$ 1 milhão em troca de um pacote de serviços que incluía uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro de suposta propina foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema.

Em depoimento à Polícia Federal, Sombra disse que, além de Silva, Naves e Weligton foram interlocutores do governador na tentativa de suborno. O jornalista ainda entregou aos policiais um bilhete que teria sido escrito por Arruda como prova de que estaria envolvido na negociação de suborno.
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