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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Política BR

Defesa: Arruda começa a mostrar interesse no que está acontecendo

Preso desde a última quinta-feira na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido) recebeu nesta terça-feira a visita do seu advogado, Thiago Bouza. Segundo Bouza, Arruda está mais abatido e "começa a mostrar interesse no que está acontecendo" a respeito de seu processo.


Arruda foi preso suspeito de interferir na investigação do mensalão do DEM - suposto caso de pagamento de propinas a parlamentares do DF no qual o governador estaria envolvido.

Hoje ainda, o político recebeu dois livros de autoajuda, trazidos por um policial militar do DF. O tenente Francisco de Souza, da Diretoria de Inativos e Pensionistas da Polícia Militar do DF, disse que "recebeu uma ordem divina para ajudar o governador e trouxe dois livros para Arruda: Como Permanecer Animado por 24 Horas e Da Derrota para a Vitória.

Além dos livros, Arruda recebeu apoio de uma aposentada, que veio de Ceilândia, a cerca de 30 km de Brasília, para fazer uma oração pelo governador. Com uma Bíblia e um terço na mão, Maria Dolorosa Ferreira de Souza sentou sob uma árvore, do lado de fora da sede da PF, para pedir aos céus a liberdade do governador licenciado. "Ele fez muita coisa boa pela minha cidade. Ele é católico, eu sei, vai conseguir sair", disse.

Desde domingo, Arruda tem direito a banho de sol diário de até 15 minutos. O governador licenciado está preso em uma sala, sem grades, com uma cama de solteiro e banheiro com chuveiro de água quente. A televisão que ficava na sala foi retirada e o governador não tem acesso à internet nem telefone, mas seus parentes e advogados podem levar jornais e revistas. As três refeições diárias também são trazidas por familiares.

Entenda o caso Arruda
O mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada. O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
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