As ações brasileiras desvalorizam na rodada de negócios desta quinta-feira, em meio a preocupações dos mercados com as economias da zona do euro. Nos EUA, os últimos indicadores não melhoraram os ânimos dos investidores. A taxa de câmbio doméstica encosta em R$ 1,84.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, cai 1,09%, aos 65.075 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,82 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 1,51%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,838, em alta de 0,65%. A taxa de risco-país marca 220 pontos, número 1,38% acima da pontuação anterior.

Ontem à noite, as agências de classificação de risco Standard & Poor's e Moody's alertaram que o 'rating' (risco de crédito) da Grécia estava sob risco de rebaixamento, caso o país não consiga cumprir o plano para reduzir seu deficit nas contas públicas.

A Grécia é um dos países da zona do euro em situação fiscal mais problemática, às voltas com uma pesada dívida pública (proporcionalmente às riquezas do país) e deficit nas contas externas. Investidores temem que os problemas gregos afetem as economias, já combalidas, da região.

Entre as principais notícias do dia, o governo dos EUA comunicou que a demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego bateu a marca de 496 mil solicitações iniciais até a semana passada. Este é um influente índice sobre o mercado de trabalho local e, segundo analistas, refletiu as más condições climáticas da estação.
Em uma das poucas notícias positivas do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que os pedidos de bens duráveis aumentaram 3% em janeiro, o maior crescimento desde julho do ano passado.

Na Europa, o governo alemão informou que a taxa de desemprego atingiu 8,7% em fevereiro, nível considerado 'normal' pelas autoridades locais. Ainda na zona do euro, o banco britânico RBS (Royal Bank of Scotland) reportou um prejuízo de aproximadamente US$ 9,51 bilhões, ante perda de US$ 10,6 bilhões um ano antes.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou uma taxa de desemprego brasileira de 7,2% em janeiro, ante 6,8% em dezembro. Trata-se da menor taxa para um mês de janeiro desde o início da série histórica, iniciada em 2002.

Empresas

O Banco do Brasil apurou um lucro histórico de R$ 10,15 bilhões, um aumento de 15,3% na comparação com 2008. A ação ordinária do banco sofre queda de 2,46%.

Já o grupo siderúrgico Usiminas anunciou um lucro líquido de R$ 1,344 bilhão para exercício de 2009, o que representa uma retração de 58% sobre o resultado de 2008. No mesmo setor, o grupo Gerdau revelou um lucro líquido de R$ 1 bilhão no exercício de 2009, ante R$ 4,94 bilhões em 2008.

A ação preferencial da Usiminas valoriza 2,53%, enquanto a ação da Gerdau avança 1,87%.