O período da piracema termina neste domingo, (28) com uma avaliação positiva no Araguaia, de acordo com diretor regional da Sema, Kleber Fabiano. Segundo ele, as operações promovidas no início do período proibitivo da pesca inibiram a pesca predatória.

A piracema foi criada com objetivo de suspender as pescas nos rios por 4 meses para permitir a procriação dos peixes. “Foram apreendidas mais de 300 redes, 40 armas de fogo e pouco pescado” resumiu Kleber. Para o chefe da Sema de Barra do Garças, a redução do pescado é um sinal de que os pescadores se arriscaram pouco na região do Araguaia.

Ele relembrou uma operação em conjunto com participação do Juizado Volante Ambiental(Juvam) e a Policia Militar da região de Guiratinga até Luciara, compreendendo os rios Garças e Araguaia, no mês de dezembro que culminou com uma apreensão recorde. “A presença de fiscais constantemente nos rios diminui a pesca predatória” frisou. Segundo Kleber, mesmo com efetivo reduzido foi possível fazer um trabalho a contento na bacia hidrográfica do Araguaia.

O diretor Kleber alertou que a Sema vai continuar nos rios para monitorar se haverá ou não abusos, pois com a liberação da pesca é comum pescadores usarem redes, tarrafas e pindas nos rios. “A pesca liberada é aquela dentro da lei com vara de pescar. Qualquer outro tipo de abuso nós vamos atuar” ressaltou. Uma equipe está sendo designada para descer os rios Garças, Araguaia, das Mortes e afluentes como Couto Magalhães e Culuene, a partir desta segunda, dia 01/03.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente(IBAMA) fez grandes operações neste período de piracema e conseguiu desarticular, no mês de janeiro, uma fazenda de caça e pesca no município de Cocalinho com armamento pesado e armadilhas para grandes animais.

Um dos fatores da fiscalização terem apreendido pouco pescado nesse ano é justamente a redução de peixes nos rios do Araguaia, fruto da interferência humana na natureza. Um projeto tramita em Brasília para criar a super-piracema com objetivo de suspender a pesca em pelo menos 3 anos para um novo repovoamento dos rios.