Os empresários da área de floricultura e jardinagem de Rondonópolis estão indignados com a presença da Expoflor de Holambra, que chegou na cidade nesta quinta-feira (4) e deve permanecer até o dia 14 de março. A feira está instalada na Praça Brasil, no Centro.

A feira, que comercializa cerca de 400 espécies de plantas, que variam de R$ 1,00 a R$ 50,00, tem um alvará de permanência diária que permite a comercialização dos produtos, emitida pela Secretaria de Receita do município.

Os comerciantes reclamam que a concorrência é desleal e que no período em que a feira está na cidade as vendas reduzem significativamente. No ano retrasado os empresários do setor, cerca de 20, fizeram um abaixo assinado que conseguiu impedir a vinda da Expoflor. No entanto, como no ano passado a feira não passou por Rondonópolis, os empresários acreditavam que este ano ela também não viria. Eles contam que falaram com o secretário de Meio Ambiente, Lindomar Alves, mas não tiveram o respaldo que gostariam sobre a questão.

Quem atua na área garante, ainda, que os produtos da feira não têm a mesma qualidade das empresas locais, já que ficam expostos durante dias sem os devidos cuidados que uma planta requer. “A pessoa compra, a planta morre depois de uma semana e aí não tem pra quem reclamar porque eles já foram embora”, pontuam.

Com o Dia Internacional da Mulher, comemorado na próxima segunda-feira (8), as floriculturas e viveiros da cidade normalmente incrementam a receita mensal com a venda, em número maior, principalmente de rosas. Entretanto, com a presença da feira, há floriculturas que devem vender somente a metade do esperado, argumentou um empresário do setor.

Além disso, os empresários se sentem lesados com a permanência da feira pois, conforme eles, diferente da empresa ambulante eles empregam várias pessoas e pagam impostos todos os meses. “Eles chegam e dizem que vão reverter as vendas para uma entidade. É tudo mentira, já fomos atrás e não existe nada”, rebatem.

A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com a secretária de Receita, Regina Celi Marques Ribeiro, mas ela não foi encontrada para falar sobre o assunto. Segundo um funcionário da secretaria, Regina está em Cuiabá e retorna na segunda-feira. A reportagem também tentou conversar com o responsável pelo departamento de fiscalização, mas o funcionário não foi localizado nem na prefeitura, nem pelo celular.