Os bombeiros militares de todo o país se mobilizam para colocar na pauta de votações da Comissão de Trabalho e Administração e Serviços Públicos um projeto de lei (5.358/2009), de autoria do deputado Laerte Bessa (PMDB/DF) que cria uma diferenciação na denominação dada aos bombeiros civis, também conhecidos como Brigadistas.

A polêmica começou com a entrade em vigor, no final do ano passado, da Lei 11.901/2009. A norma, oriunda de um projeto de lei do deputado Augusto Carvalho (PPS/DF), passou a chamar os brigadistas de bombeiros civis. Para os bombeiros militares, a lei trouxe confusão em relação à natureza das atividades.

De acordo com o tenente-coronel Mauro Kaiser Cabral, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, com a aprovação da lei 11.901/2009, muitos brigadistas passaram a bordar em seus uniformes a palvavra 'bombeiro' em letras bem maiores do que a palavra 'civil', confundindo sua identificação. "Alguns brigadistas utilizam-se deste artifício para entrar nos ônibus sem pagar, o que não lhes é permitido", afirma o tenente-coronel.

Segundo ele, algumas práticas adotada pelos bombeiros civis são mal interpretadas pela população. Ele cita o exemplo do tabagismo. "Nós bombeiros militares não podemos fumar em público, mas os civis podem. Então quando a população encontra um brigadista fumando, fica parecenndo que se trata de um bombeiro militar", observa.

O militar garante que a intenção dos bombeiros com a aprovação de uma nova lei não é prejudicar os brigadistas. "Fomos nós os principais incentivadores da criação dos bombeiros civis para auxiliar as nossas atividdes. Mas é preciso aprimorar essa identificação para que, pois as nossas formações são um pouco diferentes. É preciso diferenciar as ações civis da disciplina militar", recomenda.