Sindicatos se juntaram na tarde desta segunda-feira (29) para ‘acampar’ na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma-MT) e dos Servidores Públicos Estadual da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado de Mato Grosso (Sindes-MT) ocuparam a frente da casa de leis para reivindicar a aprovação dos respectivos Planos de Carreira Cargos e Salários (PCCS).
A manifestação começou por volta das 15h e contou com dois trios elétricos e um boneco gigante do governador Blairo Maggi (PR) fantasiado de super-homem. Os sindicalizados do Sindes vestiam amarelo e os da Sisma preto.
O deputado José Geraldo Riva (PP) se reuniu com os líderes sindicais. Ele afirmou em entrevista ao
Olhar Direto, que os servidores estão inseguros devido à troca de governador, que deve ocorrerá na próxima quarta-feira (31).
O deputado informou ainda que já falou com vice-governador Silval Barbosa (PMDB) sobre a situação dos grevistas. Riva também afirmou reconhecer a necessidade de atender os trabalhadores da saúde. “Se tem uma categoria que merece mais atenção é a da saúde, eles estão pleiteando o PCCS há tempos”.
A presidente do Sisma, Aparecida Silva Rodrigues, participou da reunião e disse que, por enquanto, nada foi decidido. Ela também informou que se sente frustrada com as negociações entre sindicato e Estado.
Aparecida rechaçou a declaração do governador Blairo Maggi de que não negociaria com os grevistas.“Estávamos tão feliz com o governo quando todo esse processo se desencadeou. A primeira fala dele [Maggi] prometia investir massiçamente na saúde. Trabalhamos com responsabilidade. Agora recebemos isso tudo com tristeza. É lamentável”, conclui.
Segundo Sérgio Matsuoka, diretor sócio-cultural do Sisma, o sindicato está mobilizado porque o governo tem até o dia 1° abril para aprovar o plano. “Ao contrario do que muita gente pensa, nós não queremos aumento de salário. O que a gente quer é que o governador sancione logo o PCCS, porque ele só tem até o dia 1° de abril”, pontuou.
Os manifestantes do Sindes não quiseram dar entrevista. A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da agremiação, Adolfo Grassi de Oliveira, mas não obteve resultado.
Os dois sindicatos já sinalizaram o indicativo de greve. O Sisma entrou legalmente em greve no último domingo (28) e o Sindes na última quinta-feira (25). Além disso, os servidores Sindicato dos Servidores da Área Instrumental (Sinpaig) também estão com as atividades paralisadas e foram protagonistas de um episódio constrangedor na manhã de hoje, quando o deputado Riva perdeu a cabeça e xingou o presidente do sindicato, Edmundo Cézar Leite, e pediu que se retirasse do gabinete.
Após a confusão, os secretários de Administração, Geraldo De Vitto, e de Fazenda, Eder Moraes, foram até a Assembleia tentar amenizar a situação. Em seguida, o deputado foi até os sindicalistas explicar o ocorrido.
Segundo Riva, ele se alterou em função de uma carta apresentada por Edmundo em que constava o seguinte dizer: "Um Executivo sem comando e Legislativo desmoralizado". Outro motivo seria por ter descoberto que a conversa estava sendo gravada e transmitida por celular. "Eu não aceito ser desrespeitado dentro do meu gabinete", afirmou.
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