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Domingo, 19 de maio de 2024

Notícias | Informática & Tecnologia

Facebook se infiltra em outros sites

Cerca de metade dos 400 milhões de usuários do Facebook verificam suas páginas diariamente, e com isso o serviço de redes sociais se estabeleceu como um dos sites mais visitados da web.


Agora o Facebook está intensificando seus esforços para expandir seu império, e planeja transformar dezenas de sites em satélites nos quais os usuários poderão interagir com seus amigos de Facebook. Os detalhes dos planos do Facebook ¿ que envolvem uma variação do botão "share", já existente em muitos sites - devem ser apresentados na quarta-feira pelo presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, em uma conferência para programadores. Mas já antes que a empresa revele seus planos, a meta de se tornar uma força dominante em toda a web está enfrentando contestação.

Na segunda-feira, algumas empresas, entre as quais grandes rivais do Facebook como Google e MySpace, vão anunciar um novo padrão conjunto para compartilhamento de informações em sites, que permitirá interação não só com o Facebook mas com dezenas de outros serviços de redes sociais. A coalizão é liderada pela Meebo, uma empresa que oferece uma barra de ferramentas posicionada na porção inferior da tela de muitos sites e que permite aos visitantes compartilhar artigos, fotos e outras formas de conteúdo, em diversos serviços de redes sociais.

Enquanto isso, o Twitter planeja expandir sua presença na rede com o serviço @anywhere, que permitirá que as pessoas se conectem ao Twitter de outros sites.

Os projetos do Facebook e de seus rivais resultarão em batalha pelo controle das interações sociais na Internet. "Vai claramente haver um combate prolongado", disse Jeremiah Owyang, sócio do Altimeter Group, uma consultoria de estratégia digital.

Os analistas dizem que o desejo do Facebook de estender seus tentáculos a toda a web pode enfrentar obstáculos devido a questões de privacidade, já que isso requererá que a empresa forneça volume cada vez maior de informações pessoais sobre seus usuários a terceiros. "Eles terão conquistar a aprovação de mais consumidores antes de compartilhar esses dados", disse Augie Ray, analista da Forrester Research.

A abordagem do Facebook de certa maneira acompanha o modelo criado pelo Google uma década atrás. Depois de se estabelecer como recurso de buscas, o Google começou a licenciar o uso de sua caixa de busca a outros sites, por meio de parceiras e barras de ferramentas. À medida que o Facebook ganha importância cada vez maior como fonte de tráfego para outros sites, a rivalidade entre as duas empresas deve se intensificar.

O Facebook não quis comentar sobre o anúncio que fará. Mas pessoas conhecedoras dos planos da empresa dizem que ela introduzirá uma série de produtos e tecnologias que aprofundarão sua presença na web.

Por exemplo, o Facebook introduzirá um botão universal de "like" (gosto, em inglês), que os operadores de sites poderão oferecer em suas páginas. De forma parecida aos botões de "share" (compartilhar) do Facebook que já estão bem difundidos em muitos sites, o botão de "like" facilitará aos operadores de site oferecer experiências sociais, o que na prática permitirá que o usuário compartilhe do serviço em questão com seus amigos de Facebook.

Embora os botões de "share" permitam que o usuário do Facebook poste um link que seus amigos poderão ver em seu perfil do site, essa indicação é passageira. O botão de "like" permitirá que o Facebook mantenha um registro das recomendações do usuário, o que lhe fornecerá mais informações sobre suas preferências. O Facebook planeja compartilhar essas informações com operadoras de sites, de modo que um site de revista, por exemplo, possa exibir aos usuários todos os artigos de que seus amigos gostaram. Um site como o Yelp poderia mostrar resenhas de amigos do usuário, e não de desconhecidos.

O Facebook também está planejando oferecer uma barra de ferramentas para instalação na porção inferior das telas de um site. Ela expandirá o Facebook Connect, serviço introduzido em 2008 que permite que as pessoas usem sua identidade no Facebook para se conectar a diversos sites. A barra de ferramentas facilitará o uso pelos operadores de sites, e pode encorajar a adesão de usuários. Os engenheiros do Facebook ainda não concluíram o desenvolvimento do sistema, e não está claro que ele será lançado na conferência.

Mas essa barra de ferramenta vai trombar com os esforços do Meebo, cuja barra de ferramentas vem ganhando aceitação. Ela permite que usuários se conectem a sites usando identidades de diversas redes sociais, conversem com seus amigos nesses serviços e selecionem conteúdo em um site, por exemplo uma foto, para mostrar aos amigos. A nova aliança estabelecerá padrões que permitirão que o Meebo e serviços semelhantes saibam facilmente a que redes os usuários pertencem, e que lhes ofereçam a opção de logar com sua identidade nessas redes.

"Saberemos que redes e botões apresentar", diz Seth Sternberg, presidente-executivo da Meebo. A empresa e seus aliados, entre os quais Microsoft e Yahoo, planejam transferir a tecnologia a uma organização sem fins lucrativos que supervisionaria seu desenvolvimento.

Chris Messina, advogado da web aberta e executivo do Google, disse que o Twitter e o Facebook lideram entre os sites sociais. Mas acrescentou: "é cedo demais para escrever o último capítulo em termos de identidade digital".
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