Passados três pregões seguidos de queda no mercado brasileiro, quando acumulou baixa de 2,73%, o Ibovespa deve iniciar a jornada desta terça-feira, véspera de feriado nacional, no campo positivo. A indicação é dada pelo índice futuro que subia, há pouco, 0,79%, aos 70.365 pontos.

Na última jornada, pressionado pelo desempenho dos papéis do setor de siderurgia e mineração, o Ibovespa recuou 0,47%, aos 69.097 pontos, novamente na menor pontuação desde 26 março (68.682 pontos).

O giro financeiro somou R$ 11,507 bilhões, maior valor desde 16 de dezembro de 2009 (R$ 16,9 bilhões). O volume, entretanto, foi inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 5,28 bilhões.

A agenda esvaziada de indicadores abre espaço para maior atenção aos resultados corporativos, com destaque para o balanço do Goldman Sachs, que enfrenta uma acusação de fraude da Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA).

A instituição obteve lucro líquido de US$ 3,46 bilhões e receita líquida de US$ 12,78 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Em mesmo período de 2009, essas cifras corresponderam a US$ 9,425 bilhões e a US$ 1,814 bilhão, respectivamente.

O lucro atribuível aos detentores de ações ordinárias foi de US$ 3,296 bilhões no trimestre terminado em março, contra ganho de US$ 1,659 bilhão de mesmo período do calendário anterior.

O resultado do banco foi bem visto pelo mercado e impulsionou uma expectativa de abertura positiva nos Estados Unidos. Estão na lista de empresas que apresentam resultados trimestrais nesta terça-feira Apple, Bank of New York Mellon, da Johnson & Johnson, Coca-Cola e Yahoo.

Ontem, a gigante do setor de tecnologia IBM também revelou que encerrou o primeiro trimestre do ano com avanço de 13% no lucro líquido, para US$ 2,6 bilhões, ou US$ 1,97 por ação. No mesmo período do ano passado, a companhia havia registrado lucro de US$ 2,3 bilhões, ou US$ 1,70 por ação.

Nos três primeiros meses, a receita da empresa somou US$ 22,9 bilhões, uma alta anual de 5%. O resultado mostra uma melhora nas vendas, já que no quarto trimestre de 2009, a alta da receita era menor, de 1%.

As análises dos especialistas apontavam para US$ 1,93 em termos de lucro por ação e receita de US$ 22,8 bilhões no período.

Na Europa, as bolsas operam no azul. A Grécia, principal foco de preocupação no continente, emitiu 1,95 bilhão de euros em títulos de três meses, com taxa de retorno ao investidor de 3,65%. Esse percentual ficou abaixo daquela previsto pelo mercado, que era de 4% a 4,5%.

Apesar disso, a taxa segue superior àquela da última emissão com características parecidas, realizada em janeiro, quando o governo grego colocou títulos com retorno ao investidor de 1,67%.

Na Ásia, as bolsas encerraram a sessão desta terça-feira sem uma direção comum. O investidor acompanhou o desempenho de ações de bancos, montadoras e companhias relacionadas ao setor imobiliário, principalmente.

No mercado de câmbio, o dólar opera em queda nesta manhã. Há instantes, a moeda americana se desvalorizava em 0,34%, a R$ 1,749 na venda, na mesma direção travada contra a libra. No mercado futuro, o dólar tinha depreciação de 0,31%, a R$ 1,7515.

Ontem, o dólar recuou 0,39%, para R$ 1,753 na compra e R$ 1,755 na venda.