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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Economia

Empresa de Várzea Grande amplia exportação para a Bolívia

A expansão dos negócios de empresas de Mato Grosso com os Países Andinos é uma realidade que ganha ainda mais estímulo no Encontro Internacional de Negócios de Mato Grosso (Exponegócios MT 2010), que acontece nesta segunda (26) e terça-feira (27), em Cáceres-MT (225 km a Oeste de Cuiabá). Um dos exemplos mais promissores de que esta comercialização é viável será apresentado no Encontro, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Governo do Estado, por meio da secretaria de Industria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), como um Caso de Sucesso, é o da Indústria de Estofados Santos.


Este ano, a empresa com sede em Várzea Grande, que há menos de um ano exporta sofás e poltronas para a Bolívia, pretende ter um representante em Santa Cruz de La Sierra, uma das maiores cidades bolivianas e atingir outros países do Mercosul, como Argentina e Uruguai. “A nossa expectativa em ampliar o volume de exportações é muito grande. Os bolivianos, com quem já estamos negociando, têm muito interesse no nosso produto, são super receptivos. Não existe nenhum preconceito da parte deles em comprar em Mato Grosso e o melhor, eles pagam à vista”, afirma otimista, o empresário Ayres dos Santos Neto.

A primeira comercialização da Estofados Santos foi realizada em setembro do ano passado. A Casa Sueño, uma rede de lojas de colchões e estofados em Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba e Trinidad, importou cerca de US$ 20 mil o equivalente a 30 unidades. Satisfeita com o produto, a proprietária a Casa Sueño, já encomendou um produto mais adequado à demanda do país: sofás-cama. Instalada há 10 anos, a indústria comercializa no mercado interno com grandes empresas mato-grossenses e nos Estado de Mato Grosso do Sul e Rondônia. Também já está na região Norte do país, com uma fábrica em Manaus, no estado do Amazonas.

Mercado externo
Para atingir o mercado Andino, o empresário teve suporte do Sebrae/MT, por meio da Arranjo Produtivo Local (APL) de Móveis e do consultor Franco Damasceno Peres, da WFBrasil. Um apoio fundamental para abrir espaços e ganhar a confiança do empresário dos Países Andinos. “Este é um mercado possível, interessante e atrativo para pequenas empresas. No mercado interno as exportações têm um reflexo extremamente vantajoso”, assegurou o consultor.

Franco Damasceno lembra que existe uma imensa demanda pela linha classe A, no caso dos estofados e esta relação está apenas começando. “Tenho certeza que o comércio com os países da fronteira com o Brasil é uma questão de sobrevivência. Estamos à frente do ponto de vista tecnológico e educacional. O grande desafio é desmistificar e mudar a cultura do empresário, só depende dele o avanço deste processo”, avaliou. Segundo o consultor, a América Latina é o foco no mundo todo, porque é estratégica. O Peru cresce cerca de 8% ao ano, e é extremamente importante neste contexto. “O comércio avançou do Brasil com os Países Andinos avançou muito nos últimos anos. Faltam apenas 500 km de asfalto na rodovia interoceânica no trecho boliviano”, constatou.

Entraves para o transporte de cargas
O empresário Ayres dos Santos Neto aponta como maior entrave no comércio com os Países Andinos a burocracia da legislação brasileira em todos os sentidos. Para levar o produto para a Bolívia a empresa enfrentou problemas para embalar os estofados e principalmente, com o transporte. “O veículo da minha empresa não pode entrar em território boliviano, o que acaba favorecendo o monopólio do transporte existente entre Cáceres e a fronteira com San Mathias. O custo é de quase R$ 2 mil, um absurdo!”, considerou. No lado boliviano, a própria importadora se encarrega de pegar o produto na fronteira e distribuir no mercado interno.

De qualquer forma, empresários e especialistas em comércio exterior avaliam que os prós são maiores que os itens contra esta integração. A intermediação do Sebrae-MT, neste processo, é vital para ampliar a exportação de produtos com valor agregado e não apenas commodities. A legislação brasileira teria que ser revista para facilitar questões como o transporte, o custo do frete e viabilizar joy ventures para impulsionar os negócios entre Brasil, Chile, Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai e, principalmente, com os países asiáticos via Oceano Pacífico.
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