O bebê que morreu no Pronto Socorro de Várzea Grande na tarde da última sexta-feira (12) poderia estar vivo se a liminar expedida pela justiça tivesse saído com antecedência. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, após o documento ser expedido, uma UTI no Hospital Santa Rosa foi cedida, porém a criança já estava morta.

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“A Unidade de Terapia Intensiva do Pronto Socorro é gerenciada pelo estado. E após ficar sabendo do caso uma UTI no Hospital Santa Rosa foi disponibilizada, só que a criança morreu antes. Ela nem chegou de ser transferida”, informou a assessoria.

A criança nasceu de oito meses e por ser prematuro sofria com problemas respiratórios. De acordo com a família o documento demorou para ser expedido, pois o parto aconteceu na quarta-feira e a criança morreu na sexta. “A criança ainda foi guerreira, pois chegou de ficar dois dias sem UTI e viva”, contou a mãe Tayná Alves da Silva.

Segundo Dayane dos Santos, tia de Pedro Henrique que morreu após dois dias de nascido, disse que a família procurou internar a criança em uma Unidade de Terapia Intensiva. Sem êxito, eles buscaram a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso. “Nós conseguimos uma liminar, mas ela não foi cumprida. Voltamos e conseguimos uma nova decisão que era para ser cumprida até às 21 horas da noite de quinta-feira (11).”

A corrida contra o tempo da família para salvar a criança, continuou durante a sexta-feira e até um Boletim de Ocorrência foi registrado na Central de Registro de Ocorrências de Várzea Grande para tentar viabilizar uma vaga para Pedro Henrique. Até às 15h do dia da morte o bebê já havia tido três paradas cardíacas, mas ainda resistia bravamente. Por volta das 15h30, a criança morreu.