Um jovem identificado como J.C. S., de 20 anos, foi assassinado a tiros, no início da noite de terça-feira (22), no bairro Mapin, em Várzea Grande. Sua morte foi confirmada por volta das 18h, depois que equipes da Polícia Militar (PM) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local do crime. No entanto, o corpo da vítima permaneceu na rua por quase seis horas, até que fosse recolhido por uma viatura do Instituo Médico Legal (IML) de Cáceres (218 km de Cuiabá), às 23h45.
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De acordo com o boletim de ocorrência número 2016194678, por volta de 21h, peritos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) chegaram à ocorrência e informaram que o carro que atende ao município estaria com problemas mecânicos, e que por este motivo o de outra cidade seria deslocado para o atendimento. Ao
Olhar Direto a Politec alegou que a capital possui apenas duas viaturas e que ambas estão em manutenção, por isso houve demora no atendimento.
Segundo o órgão, um pedido que inclui outros cinco veículos à frota estadual foi encaminhado à Secretaria de Segurança Pública (Sesp), onde será analisado pelo secretário Rogers Jarbas. Os carros descritos no documento possuem quatro gavetas cada e serão destinados às cidades de Rondonópolis, Tangará da Serra, Sinop e Cuiabá, que receberá dois automóveis. Não há previsão de quando as viaturas em manutenção voltarão ao funcionamento, ou de quando as novas serão entregues.
No mês de maio um caso parecido chamou a atenção da sociedade. O corpo de uma estudante de 15 anos que cometeu suicídio no bairro Terra Nova, em Cuiabá, só foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) com ajuda de um veículo de uma funerária. A comunicação sobre a morte da jovem foi realizada por volta das 13h, mas a liberação e o recolhimento aconteceram só depois das 16h. À época as viaturas já estavam em manutenção.
Na ocasião funcionários que atuam em regime de plantão no IML reclamaram que a situação dos veículos é de precariedade. Alertam ainda que existem riscos já que os pneus estão ‘carecas’, o que prejudica a aderência ao asfalto.
Em abril de 2016, a precariedade da estrutura do IML gerou uma ação do Ministério Público Estadual (MPE). A 7ª Vara da Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Cuiabá ingressou com ação civil pública com pedido liminar contra o Governo para que, no prazo de 180 dias, tome medidas emergenciais nas instalações do Instituto Médico Legal (IML).
Entre os problemas apontados estão goteiras, infiltrações, vazamento de água, rachaduras na laje, as condições das instalações elétricas, sanitários entupidos, mau cheiro, proliferação de insetos e riscos aos servidores. Até mesmo as condições dos muros e a ausência de guarita expõem a vulnerabilidade do local, conforme o MPE.
.png "Cuiabá possui duas viaturas que estão em manutenção.")
