O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que tem trabalhando para combater a corrupção , mas destacou que nunca teve a utopia de acabar com esse crime. As declarações foram dadas na tarde desta quarta-feira (4), durante entrevista coletiva em que o governador falou sobre as ações tomadas pelo Governo do Estado em relação à Operação Rêmora, que desmantelou um esquema de fraudes em licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
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“O fato é lamentável e não é tolerável. Não há desculpa para a corrupção. Nunca tive a veleidade de acabar com a corrupção. A questão não é ter e, sim, combater. Eu passei os últimos 22 anos trabalhando para combater a corrupção”, afirmou Taques à imprensa, lembrando também do período em que era membro do Ministério Público Federal (MPF), antes de ingressar na carreira política.
A Operação Rêmora foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na manhã última terça-feira (3), e investigou um esquema de fraude em 26 licitações para reformas em escolas estaduais, que somam R$ 56 milhões em obras, desde outubro de 2015. Três servidores da Seduc foram presos na operação.
Taques, afirmou que vê o caso com um misto de tristeza e alegria. “Mas eu vejo o caso com tristeza e alegria. Tristeza porque corrupção é crime e não podemos dourar a pílula. Talvez pudéssemos detectar antes. E alegria por perceber que as instituições estão funcionando: o Gaeco, o MP, a Defaz, o Judiciário (através da decisão da doutora Selma Arruda)", disse.
O governador tucano ainda isentou o PSDB
de qualquer responsabilidade no caso. "Sobre o partido é relativo: partido não comete crimes. Quem comete são pessoas”, disse Pedro Taques.
Na noite de terça, o secretário Perminio Pinto (PSDB) entregou o cargo, apesar de ter sido isentado na decisão da juíza Selma Rosane Arruda. Pedro Taques afirmou que a escolha do secretário do Gabinete de Governo José Arlindo de Oliveira Silva para comandar a pasta é interina. Em breve, Taques deve nomear um novo secretário. Porém, ele não adiantou nomes.
