O secretario de Segurança Pública (Sesp), delegado Rogers Jarbas, disse nesta terça-feira (19) que não pode afirmar que exista um grupo de extermínio atuando na grande Cuiabá. Porém, ele concorda que as mortes continuadas e com o mesmo modus operandi justificam o pensamento da população: “Você olha os elementos e acaba acreditando que existe sim um grupo destes atuando. Só que não posso dizer, as investigações têm de dizer isto. Acredito na capacidade das pessoas que atuam nestes casos”. Por fim, ele explica que o governo não se vê satisfeito com os assassinatos e que são necessárias provas suficientes para deixar os responsáveis na cadeia. Garantiu ainda que todos os casos serão investigados. "Toda vida é importante", asseverou. 

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“Há uma preocupação da Secretaria de Segurança Pública com estas mortes, que são continuadas e têm o mesmo modus operandi. Claro que dá a entender que se trata de um grupo de extermínio, isso é muito fácil de observar. Você olha os elementos e acaba acreditando que existe sim um grupo destes atuando. Só que não posso dizer, porque as investigações têm de dizer isto. Acredito na capacidade das pessoas que atuam neste caso. Dentro do prazo necessário, serão dadas as devidas respostas”, comentou o secretário.
 
Rogers ainda explica que as investigações precisam ser qualificadas, para que os responsáveis pelos crimes permaneçam presos: “Não participo diretamente das investigações. Se existe ou não grupo de extermínio, isso será apontado. E essa atividade não se faz em algumas semanas. Precisamos de elementos comprobatórios suficientes para não só prender, mas também condenar. Se fizermos só a prisão, em um curto espaço de tempo esta pessoa estará na rua praticando o crime novamente”.
 
Por fim, o delegado lamentou as mortes ocorridas: “Toda vida é importante. Pouco importa quem está morrendo. Seja traficante, ladrão, é uma pessoa. Antes de ser um delinquente, ele é uma pessoa. Queremos preservar vidas. Vamos aplicar a lei, As ações são qualificadas e não quantificadas. Não importa o número de prisões, mas quem está sendo retirado das ruas”, finalizou.
 
Recentemente, ao ser questionado pelo Olhar Direto, o governador Pedro Taques (PSDB) desconversou sobre a existência de um grupo de extermínio: “Já temos investigações a respeito disto, a Secretaria de Segurança (Sesp) e a Polícia Militar estão trabalhando firme neste sentido. Não toleraremos violência, seja lá de quem for. Vivemos em um estado democrático de direito, as leis precisam ser cumpridas. Seja quem for que praticou estes crimes, pode ter certeza que em um curto espaço de tempo será responsabilizada”
 
Chacina
 
Três homens - com idade de 17, 18 e 24 anos - foram assassinados na noite do dia 13 de abril deste ano, no bairro Cohab Cristo Rei, em Várzea Grande. Uma quarta pessoa foi ferida na perna, mas conseguiu fugir pulando um muro. As vítimas possuem menos de 18 anos e foram atacadas quando estavam nos fundos de uma residência. Todos os executados receberam disparos na cabeça.