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Sábado, 27 de abril de 2024

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Pior do país

Sindicato das Empresas de Turismo classifica demora nas obras do aeroporto como "vergonha nacional"

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sindicato das Empresas de Turismo classifica demora nas obras do aeroporto como
Após mais de dois anos de atraso na reforma e investimos de mais de R$ R$ 84 milhões, o Aeroporto Marechal Rondon, eleito pela sexta vez consecutiva como o pior do país, deverá estar apto a receber conexões internacionais a partir do final deste ano. Com potencial inexplorado devido a ausência de infraestrutura necessária a internacionalização, o terminal, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), é alvo de críticas de vários setores, especialmente os ligados ao turismo. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de Mato Grosso (Sindetur-MT), Oiran Gutierrez, o aeroporto é uma "vergonha nacional"


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De acordo com a Infraero, responsável pela administração do terminal, com a conclusão da obra de reforma e ampliação, prevista para dezembro deste ano, o aeroporto contará com as exigências necessárias para operar internacionalmente. Contudo, é válido destacar que este processo depende ainda da autorização de diversos órgãos (como Receita Federal e Polícia Federal), e não exclusivamente do operador aeroportuário. O pedido também tem que considerar demandas por voos internacionais das próprias empresas aéreas.
 
Além de classificar a demora na conclusão das melhorias no aeroporto como "vergonha nacional", Oiran Gutierrez afirma que a situação estaria causando enormes prejuízos aos comerciantes e ao Estado, uma vez que restaurantes e hotéis como o Slavieiro, na Avenida do CPA, estariam fechando as portas, graças a combinação desses fatores, que resultaria na falta de clientes.
 
Oiran avalia que a partir da implantação das conexões internacionais, a médio prazo aeroporto poderá ser tornar um grande hub na região, ou seja, ponto de conexão para que as empresas transferiram seus passageiros para o destino pretendido. Ele lembra que a localização, no centro da América do Sul, favorece o Estado e cobra por um posicionamento mais firme e efetivo do governo com relação à finalização das obras. Para o presidente, o sentimento entre os que integram a cadeia do turismo é de indignação.

“Estamos a cinqüenta minutos de Santa Cruz de La Sierra, capital econômica da Bolívia, e precisamos ir para São Paulo, e voltar por cima de Cuiabá para chegar até a cidade. De Santa Cruz até Miami são apenas 5h30 de viagem. Para Panamá City,3h30 aproximadamente. No entanto para ir para o Panamá, Colômbia ou Estados Unidos, passamos desnecessariamente por horas de escala.” Dentre as exigências ainda não atendidas pelo terminal, ele menciona a falta do desembaraço de bagagem.

De acordo com um levantamento da Infraero, em 2016, até junho, o aeroporto movimentou cerca de 1,4 milhão de passageiros. Em 2015, foram contabilizados 3,3 milhões de passageiros.

De acordo com a Secretaria Adjunta de Turismo, o Aeroporto está com o processo de internacionalização em funcionamento. No entanto, como não há empresa aéreas operando voos regulares, só o recebimento ou despacho dos chamados voos charters, ou fretados tem acontecido.
 
Nestes casos, o empreendimento responsável pelo voo fará solicita à Infraero a estrutura necessária para fazer a operação, acionando os serviços de imigração e segurança, como a Polícia Federal, de fiscalização e alfândega da Receita Federal e Vigilância Sanitária, entre outros órgãos pertinentes a este tipo de serviço. O primeiro a chegar ao aeroporto foi no mês de abril vindo da Bolívia. Quanto à operação regular desse tipo de voo, vai da manifestação de interesse de cada empresa em operá-los. 
 
As obras
 

A entrega de parte das obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto de Cuiabá-Várzea Grande teve início no último domingo (17/7). Entraram em operação assistida parte da nova sala de embarque doméstico, com operação em ponte de embarque, e a nova sala de embarque remoto. Com a finalização dos trabalhos, a área do terminal de passageiros do Aeroporto de Cuiabá passará de 8,4 mil para 14,5 mil m², ampliando a capacidade do aeroporto de 2,5 milhões para 5,7 milhões de passageiros/ano.
 
As alterações são resultado de um Termo de Convênio firmado entre Infraero e Governo do Estado do Mato Grosso em setembro de 2012. De acordo com o convênio, cabe à Infraero realizar o repasse de recursos para os trabalhos, cumprir ações de controle ambiental e a fiscalização da execução das obras em conjunto com o governo estadual. Já Estado do Mato Grosso fica responsável por licitar, contratar, exercer a gestão do contrato e da obra, e fazer as adequações das vias externas de acesso ao aeroporto.
 
As obras tiveram início em dezembro de 2012 e, até maio de 2014, foram entregues a nova sala de desembarque doméstico, com três novas esteiras de restituição de bagagem e novos banheiros. Também foi concluída a instalação de esteiras coletoras dos check-ins e carrosséis de bagagens, 4 elevadores e 2 escadas rolantes.
 
Os trabalhos no estacionamento também foram encerrados, com ampliação da área de 9,4 mil para os atuais 13,7 mil m². Com isso, o espaço aumentou a capacidade de 306 para 427 vagas. Também foram realizadas melhorias na via de acesso, duplicação da via em frente ao terminal, melhorias na via de serviço de áreas restritas e na sinalização do pátio de aeronaves.
 
Até o momento, R$ 60,7 milhões já foram pagos ao Consórcio Marechal Rondon, formado pelas empresas Engeglobal Construções, Farol Empreendimentos e Participações e Multimetal Engenharia de Estruturas. De acordo com a assessoria de imprensa da Secid, além de ampliar a qualidade do espaço, a conclusão da obra será revertida em melhorias econômicas para o Estado.

Conforme o contrato 065/2012, além da construção do terminal de passageiros, fazem parte da obra a instalação de pontes de embarque, reforma e adequação de vias de serviço, nova sinalização horizontal do pátio de aeronaves, assim como a reforma, adequação e ampliação do sistema rodoviário interno do aeroporto. Também está prevista a construção da Central de Utilidades, de nova área de equipamentos de rampa, ampliação dos sistemas de infraestrutura básica e ainda a construção do estacionamento do novo prédio administrativo da Infraero.
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