Olhar Direto

Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Opinião

“Carro amarelo”, diga não!

É muito triste quando uma luz se apaga no mundo e bastavam apenas alguns minutos para essa situação se reverter. É como se os suicídios se tornassem invisíveis, por serem um tabu sobre o qual mantemos o silêncio. Muitas pessoas merecem atenção porque alertam para um sofrimento imenso. Esse tema deve ser discutida, pois a taxa de suicídio aumenta freneticamente na sociedade, inclusive brasileira.

Afinal, por que setembro amarelo? Muitas pessoas demonstram seus sentimentos em relação ao suicídio, mas não sabem porquê do mês setembro ser amarelo. Será que é o mês que as pessoas mais tiram suas próprias vidas? Doce engano! Setembro amarelo iniciou –se através deu uma campanha, em meados de 1994, de um jovem americano de apenas de 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida dirigindo no seu carro amarelo.Com essa história, iniciaram campanha do programa de prevenção do suicídio no mundo, com “fita amarela “.

Independente qual seja a sua crença, é importante ter em vista que o sujeito que comete suicídio ou parassuicídio –tentativa de suicídio-, não está passando por uma boa fase de sua vida, até porque ele chega num ponto que viver não lhe interessa mais. Tristeza profunda, desamparo e desesperança em relação ao futuro são a tríade para corroborar na prática de suicidar. Mas há outras possibilidades que estão iminentes na vida humana, como depressão abuso de drogas ou problemas de relacionamento familiar. Sabemos que o aumento do número de suicidas no Brasil está sendo um tema central na questão da saúde pública. Iniciativas como debates nas diversas esferas na prevenção desse ato são discutidas e, consequentemente, aumentadas no projetos para valorização da vida.

A tentativa de suicídio é um grito por socorro. Ela é motivada pelo desejo de comunicar sentimentos de desespero e mudar o comportamento de outras pessoas. Elas não sabem se querem viver ou morrer, ou se querem as duas coisas ao mesmo tempo, geralmente uma mais do que outra. Desse modo, fica de alerta a todos os meus leitores na participação comunicativa com as pessoas ao seu lado, pois muitas vezes elas “gritam” e não percebemos do que está passando.

É preciso ouvir a pessoa sem julgá-la, acreditar no que ela está dizendo e oferecer ajuda. Converse com ela sobre a probabilidade de procurar um profissional, encaminhando –a para uma avaliação psiquiátrica e psicológica. Saiba que toda forma de suicídio deve ser levada a sério, já que uma pessoa que fala sobre suicídio pode realmente tentá –lo. Oferecer ajuda pelo telefone é outra fonte para evitar esse caos. Existe disque 188, uma organização de Centro de Valorização da Vida (CVV), atendendo gratuitamente as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat.

Nesse sentido, urge que a população e o Estado, por meio de comunicação e assistência possibilitem a prevenção do suicídio. Sabemos que não temos como viver uma vida sem frustrações, estresse e outros problemas cotidianas. Mas, mantendo um olhar atento para as coisas boas que existem-num esforço do consciente-e pedindo ajuda nas horas mais tensas, com certeza podemos encontrar a força e a motivação para seguir em frente.
 
 
Reobbe Aguiar Pereira é Bacharel em Enfermagem. Mestrando em Ciências Ambientais. Pós Graduado Enf. Trabalho; Informática em Saúde; Urg. Emerg. e UTI. E-mail: reobbeap@hotmail.com                             


 
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